O que há aqui? Ouro? Ouro amarelo, precioso, refulgente?
Não, deuses, não sou um louco devoto – raízes, oh deuses do céu, com um pouco disto se faz do negro branco, do feio belo, do errado justo, do vil honesto, do velho novo, do cobarde um valente. Ah, deuses, porquê e para quê, oh deuses? Com isto se afastam os vossos sacerdotes e os vossos criados, se tiram as almofadas aos doentes, antes de tempo.
Este ouro que escraviza, tece e quebra religiões, abençoa os malditos, faz amar a lepra purulenta, colocar ladrões
e dar-lhes títulos, ajoelhar e receber o mesmo tratamento que é dado aos senadores. É ele que permite à viúva cansada um novo casamento, ela que até num hospital faria vomitar, assim é embalsamada para ganhar nova Primavera.
Estreia no Teatro Municipal de Almada a 20 de Dezembro de 2012
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