O PELICANO

de August Strindberg
encenação de Rogério de Carvalho

a partir de 21 MAI 2020 às 21h00 | SALA VIRTUAL

Opelicano é uma das mais desconcertantes peças de Strindberg. Grosso modo, a história descreve as mudanças trágicas que ocorrem numa família no seguimento da morte do pai e do casamento da filha. Os conflitos que esta situação provoca desencadeiam uma série de confrontações catastróficas, entre os membros da família, levando eventualmente à sua destruição. Uma das chamadas Peças de Câmara, O pelicano estreou-se em 1907, em Estocolmo, encenada por August Falck, inaugurando o Teatro Íntimo, um teatro construído segundo os modelos do Teatro Livre de Paris, de André Antoine, do Freie Bühne, de Berlim, ou do Kleines Theater, de Max Reinhardt. Strindberg, numa das suas Cartas abertas ao Teatro Íntimo, afirma que deveria ser “a casa da arte da sugestão, abrir perspectivas para a imaginação e fazer com que o espectador participasse do processo dramático”.

“As minhas almas (personagens) são conglomerados de estádios passados e presentes da civilização, de pedaços de livros e jornais, de restos de humanidade, de trapos e de roupas finas, unidos uns aos outros como estão na alma humana. E adicionei um pouco de história evolucionária, fazendo os fracos roubar e repetir as palavras dos fortes, e fazendo as personagens tomar emprestadas as ideias e ‘sugestões’ umas das outras“.
August Strindberg

Texto August Strindberg | Encenação Rogério de Carvalho | Tradução Gastão Cruz | Cenografia José Manuel Castanheira | Desenho de luz José Carlos Nascimento | Som Guilherme Frazão e Miguel Laureano | Intérpretes Joana Francampos, Maria Frade, Pedro Lima, Pedro Walter e Teresa Gafeira | Caracterização Sano de Perpessac | Figurinos Mariana Sá Nogueira | Voz e elocução Luís Madureira | Piano Inês Proença | Direcção de produção Carlos Galvão | Direcção de montagem Guilherme Frazão | Mestre aderecista Paulo Horta | Operação de luz e som Miguel Laureano | Montagem António Antunes, João Martins, Miguel Laureano, Pedro Gameiro, Renato Delgado, Guilherme Almeida e Pedro Henriques