Guia: Festival de Almada

Está a decorrer um dos festivais de teatro mais importantes do país: o Festival de Almada. Traçámos um guia dos espectáculos que nos suscitaram maior interesse e que talvez te dêem também vontade de ir ao teatro

Margarida Ribeiro in Magazine HD08 jul 2018 notícia online

Para celebrar a sua 35ª edição, o Festival de teatro de Almada coloca em cartaz 24 espectáculos diferentes, 9 dos quais são criações nacionais.

O festival toma lugar em várias salas do concelho de Almada e em diversas casas de espectáculo lisboetas. Em Lisboa, os espaços destacados são o do Teatro do Bairro, Teatro da Politécnica, Teatro São Luiz, Centro Cultural de Belém e o Teatro Nacional D. Maria II; enquanto que em Almada haverão performances a decorrer na Escola D. António da Costa, no Teatro municipal Joaquim Benite, no Fórum Romeu Correia e no Teatro estúdio António Assunção.

Depois dos severos cortes orçamentais aos apoios da Direção-Geral das Artes a existência da presente edição do Festival de Almada esteve em risco. No entanto, a actual presidente da câmara municipal de Almada, Inês de Medeiros, assegurou levar a cabo todos os esforços possíveis para dar continuidade a este evento único no panorama teatral português. Mesmo assim, o Festival de teatro de Almada viu-se obrigado a organizar a sua 35ª edição com menos 22% dos apoios estatais com que costumava contava entre 2013 e 2015.

Apesar do preço dos bilhetes depender da sala onde tomará lugar a performance, é possível comprar assinaturas (75€ pela assinatura geral ou 60€ para o clube de amigos do TMJB) que concedem entrada a diversos espectáculos.

A decorrer desde dia 4 de julho e até dia 18, o Festival de Almada conta com um belíssimo cartaz, deixando-te nós aqui algumas sugestões:

FESTIVAL DE ALMADA | LILIOM OU A VIDA E A MORTE DE UM VAGABUNDO

Liliom ou la vie et la mort d’un vaurien / Liliom ou a vida e a morte de um vagabundo

escritor húngaro Ferenc Molnár (1878-1952) é praticamente desconhecido nos palcos portugueses, mas há quem não hesite em considerá-lo um dos maiores dramaturgos de sempre. Liliom, uma “lenda suburbana”, é a sua peça mais levada à cena, porventura graças ao filme que Fritz Lang estreou em 1934. O espectáculo que agora chega a Almada estreou em 2013 e tem realizado uma longa digressão em França, que o levou inclusive ao Odéon – Théâtre de l’Europe. E a crítica francesa tem-se rendido à história deste Liliom, um vagabundo cheio de amor e de sonhos, aqui contada numa feira popular que, de alguma forma, prenuncia a candura e a catástrofe de Casimiro e Carolina, de Horváth: “Jean Bellorini é um dos encenadores mais talentosos da sua geração” (France Presse); “Liliom é um vagabundo magnífico” (Les Echos); “Uma encenação cheia de alegria” (Les Inrockuptibles).

Em cena no Teatro Municipal Joaquim Benite, dia às 21h e dia 10 às 19h, com o custo de 15€ por bilhete.

 

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