Os estudos de género nasceram há sessenta anos

No sábado, dia 22 de Outubro, vamos conversar Sobre linguagem inclusiva com o linguista e escritor Manuel Monteiro e com a cineasta e escritora Raquel Freire. A moderação da conversa será da jornalista Cristina Margato.

Na última Conversa com o Público discutiu-se A escrita e o género, e tivemos como interlocutores a escritora Ana Margarida Carvalho e o escritor Bruno Vieira Amaral.

Cristina Margato na introdução da Conversa referiu que os estudos de género são muito recentes e só começaram há cerca de sessenta anos. Ana Margarida de Carvalho sobre a escrita e o género defendeu que, não deixando de ser mulher, “eu escrevo sobre as coisas que me infectam.” Bruno Vieira Amaral falou-nos “da confusão entre a ficção que se cria ao escrever e o autor/narrador”. “é diferente ser uma mulher a escrever sobre a temática feminina ou ser um homem, apesar de poder fazê-lo”, Ana Margarida de Carvalho referiu que “existe hoje um interesse maior no universo feminino em relação à escrita: hoje um homem falar do desejo no masculino é quase uma agressão”. Disse ainda que “os estudos literários de género já não se resumem ao homem e à mulher, há géneros intermédios” concluiu. Bruno Vieira de Almeida acerca do politicamente correcto disse que “dominar a linguagem também é uma forma de poder”, “a única responsabilidade do escritor é ser livre, sem se preocupar com temas, ou com quem o vai ler. Eu como escritor não sinto nenhuma barreira.”

No próximo sábado, dia 22, às 18h, no foyer do TMJB, teremos como convidados das Conversas com o Público o linguista e escritor Manuel Monteiro e a cineasta e escritora Raquel Feire, que irão debater Sobre linguagem inclusiva. A moderação da conversa é da jornalista do semanário Expresso Cristina Margato.

Consulte aqui o programa completo das Conversas com o Público.

Manuel Monteiro

Manuel Monteiro é autor, revisor linguístico e formador profissional de Revisão de Textos. Escreve como Manuel Matos Monteiro no Público. Tem obra publicada na área da literatura e da não-ficção, designadamente na área da língua. É autor de livros, de oito livros, um deles em co-autoria. Publicou Sobre o Politicamente Correcto em 2020, pela editora Objectiva, após um aturado trabalho de pesquisa. O livro debruça-se sobre a vertente linguística, histórica e política de um dos temas que mais têm apaixonado a opinião pública.

Raquel Freire

Raquel Freire é realizadora de cinema, argumentista, escritora, produtora e mãe. Os filmes Rio Vermelho, Rasganço, Veneno Cura, Esta é a Minha Cara, Dreamocracy, estrearam em Festivais Internacionais de Cinema como Veneza, Turim, São Paulo, Montreal, Gwanju, Leeds, Clermont-Ferrand, Porto PosDoc, entre outros, nas salas de cinema e nas televisões em Portugal e em França.
Foi distinguida no Festival de Cannes pela European Film Foundation como jovem produtora europeia. Estreou-se como directora de teatro com NóSOUTRXS do qual foi criadora e uma das intérpretes a convite do Festival Temps D’Images e do Teatro Municipal São Luiz.
O seu livro TransIbericLove publicado em 2014, esgotou. Em 2016 publicou o conto Azul Escuro, editado em alemão e lançado em 2017 na Feira Internacional do Livro de Frankfurt.
Ganhou o concurso do CNC (Centre National du Cinéma Français) para apoio à escrita da longa-metragem de ficção TransIbericLove. O livro que lhe deu origem foi reeditado em 2021.
Realizou Pela mão de Alice, documentário sobre o trabalho de Boaventura Sousa Santos como artista convidada do Projecto ALICE /CES /Universidade Coimbra que estreou no Festival Política em 2018.
Estreou no MAAT o filme de animação Mulheres do Meu País, que co-realizou com Tainá Maneschy em 2020.
Realizou e produziu a trilogia de documentários Histórias das Mulheres do Meu País que estreou na RTP1 em 2021.
Realizou e produziu o filme Mulheres do Meu País que foi premiado com uma menção honrosa no Porto Femme International Film Festival em 2022.
Co-realizou com La Ribot a curta Diferentness com a companhia Dançando com a Diferença, em 2022.
É Advisory Board Member: “Portugal Invisíveis e insubmissas:” Leading Women in Portuguese and Spanish Cinema and Television, University of Exeter, U.K. University of Oxford, University of Kent. É professora convidada de universidades portuguesas e estrangeiras nas áreas de cinema, estudos de género, arte e política.
Termina a 3a longa-metragem de ficção Filme Sem Câmara.
Prepara o documentário e a série Mulheres de Abril para filmar em 2023.

in CTA 18 Out 2022

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