Shakespeare autor de mulheres

No sábado, dia 15, às 18h, no foyer do TMJB vamos falar de Escrita e género. Como convidados teremos a escritora Ana Margarida Carvalho, e o escritor Bruno Vieira Amaral.

Nas últimas Conversas com o Público falámos sobre O género no teatro isabelino. O convidado foi o poeta e tradutor Daniel Jonas e a conversa foi moderada pela jornalista Cristina Margato.

Cristina Margato lançou o repto: Seria Shakespeare um feminista no período isabelino. Daniel Jonas esclareceu que em Inglaterra os dramaturgos anteriores a Shakespeare usavam “uma linguagem viral e máscula”. Pelo contrário Shakespeare deu uma voz às personagens mulheres muito diferente. Deu alguns exemplos: “As mulheres em Othello são uma espécie de kryptonite para o Iago”. “As mulheres em Shakespeare são a força da inteligência” concluiu Daniel Jonas. Por outro lado “na altura havia uma grande tendência das companhias quererem agradar aos patronos, e na altura a Inglaterra tinha uma rainha, e foi a altura em que foi possível às pessoas poderem viver do teatro.

Sobre a Noite de Reis, o convidado disse que as comédias são um palco de enganos. “Nas comédias falamos de um grande conflito comunicacional”.

Na próxima conversa vamos falar sobre Escrita e género e temos como convidados Ana Margarida Carvalho e Bruno Vieira Amaral.

Consulte aqui o programa completo das Conversas com o Público.

Ana Margarida de Carvalho é jornalista e escritora. Licenciada em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa, o seu primeiro romance, Que importa a fúria do mar, valeu-lhe o prémio APE 2013. Em 2016 publicou o segundo romance, Não se pode morar nos olhos de um gato, que ganhou igualmente o prémio APE, bem como o prémio Manuel de Boaventura 2017. Esta obra foi finalista do Oceanos-Prêmio de Literatura em Língua Portuguesa, e nomeada para melhor livro de 2017 pela SPA. Em 2017 publicou o primeiro livro de contos, Pequenos delírios domésticos, vencedor do Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco. É autora do prefácio de Alexandra Alpha, de José Cardoso Pires, numa reedição da Relógio D’Água. Publica em 2019 o seu terceiro romance: O gesto que fazemos para proteger a cabeça. Em 2021 publicou o seu mais recente livro: Cartografias de Lugares mal Situados.

Bruno Vieira Amaral nasceu em 1978. Colaborou com a revista Ler, com o Expresso e actualmente com a Rádio Observador. O seu primeiro romance, As primeiras coisas (2013), foi distinguido com o Prémio PEN Clube Narrativa, Prémio Literário Fernando Namora, Prémio Time Out e Prémio Literário José Saramago. Em 2016 foi nomeado uma das Dez Novas Vozes da Europa. O seu segundo romance, Hoje estarás comigo no paraíso (2017), recebeu o prémio Tabula Rasa e o segundo lugar do Prémio Oceanos. Em 2018 foram reunidos os seus melhores textos no volume Manobras de guerrilha, e em 2020 os seus contos em Uma ida ao motel, livro que venceu o Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco. Recentemente publicou Integrado marginal, uma biografia de José Cardoso Pires.

in CTA 10 Out 2022

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