ZULIA / SETE SONHOS DE PÁSSAROS

coreografia de Pedro Goucha Gomes / Vasco Wellenkamp | COMPANHIA PORTUGUESA DE BAILADO CONTEMPORÂNEO

26 e 27 JANEIRO, 2008 | SALA PRINCIPAL

ZULIA / SETE SONHOS DE PÁSSAROSVasco Wellenkamp iniciou os estudos de bailado em 1961 com Margarida de Abreu e Fernando Lima, no Grupo Verde Gaio. Em 1968, ingressou no Ballet Gulbenkian. De 1973 a 1975 foi bolseiro do Ministério da Educação em Nova Iorque, na Escola de Dança Contemporânea de Martha Graham, onde se formou em Dança Moderna. Ainda em Nova Iorque, frequentou um curso de composição coreográfica com Merce Cunningham e trabalhou com Valentina Pereyslavec no American Ballet Theatre. Em 1978, como bolseiro da Fundação Gulbenkian, frequentou o curso para coreógrafos e compositores na Universidade de Surrey em Inglaterra. De 1977 a 1996 desempenhou as funções de coreógrafo residente, professor de Dança Moderna e ensaiador do Ballet Gulbenkian. Em 1975 foi nomeado professor de Dança Moderna da Escola de Dança do Conservatório Nacional e, em 1983, professor coordenador da Escola Superior de Dança de Lisboa. Vasco Wellenkamp tem sido convidado por várias companhias estrangeiras a criar novas obras coreográficas: no Brasil coreografou para o Ballet do Teatro Municipal de São Paulo, o Ballet de Niterói, a CIA Cisne Negro e o Ballet Guaíra, na Argentina coreografou para o Ballet Contemporâneo do Teatro San Martin, na Inglaterra, para o Extemporary Dance Theater, o Dance Theater Comune e a Companhia Focus On, na Suíça para o Ballet du Grand Theatre de Gèneve, em Itália para o Balleto di Toscana e na Croácia para a Companhia de Bailado do Teatro de Zagreb, entre outras. Em Janeiro de 1999 criou a Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo, com o apoio das Câmaras Municipais de Lisboa e de Cascais e o Ministério da Cultura. Foi nomeado Director Artístico do Festival de Sintra em Setembro de 2003.
Vasco Wellenkamp foi galardoado por duas vezes com o Prémio de Imprensa (1974 e 1981). Foram-lhe ainda atribuídos os Prémios do Semanário Sete (1982), da Revista Nova Gente (1985 e 1987) e da Rádio Antena 1 (1982). Em 1996, foi galardoado com a medalha de ouro e o prémio para o melhor coreógrafo, no II Concurso Internacional de Dança do Japão, com a obra A voz e a paixão. Em 1994, a 10 de Junho, dia de Portugal de Camões e das Comunidades Portuguesas, foi condecorado com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique, por sua Excelência o Senhor Presidente da República, Dr. Mário Soares.

Pedro Goucha Gomes, nascido em Lisboa em 1972, dançou, entre 2003 e 2006, no Netherlands Dans Theater (NDT-I), onde integrou o elenco de algumas criações de Jiri Kylian. Actuou, como primeiro bailarino, na Compañía Nacional de Danza, de Nacho Duato, em Madrid, e, como solista, na Deutsche Oper, de Berlim. Dançou também no Stugarter Ballet, dirigido por Marcia Haydée.
No final da temporada de 2006 decide dedicar-se inteiramente à coreografia. Neste mesmo ano, o Teatro Korzo de Den Haag convida-o a realizar uma peça (Medium Rare) para o festival Cadance, com a qual faz uma tournée pela Holanda.
Em Abril de 2007, o mesmo teatro dedica-lhe uma noite em que apresenta 3 peças.
Participou, entretanto, como coreógrafo e bailarino, no filme Fados, de Carlos Saura (co-produção luso-espanhola, com estreia prevista para Setembro deste ano).
A sua formação como bailarino começou aos 9 anos, no Centro de Formação da Companhia Nacional de Bailado, e completou-se na National Ballet School, de Toronto, Canadá, onde ingressou a convite do professor romeno Sergiu Stefanchi, com uma bolsa da Secretaria de Estado da Cultura.
A convite de Vasco Wellenkamp, Pedro Goucha Gomes ocupa o cargo de director artístico da Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo desde de 1 de Outubro de 2007. Antes, coreografa para esta companhia a peça Zullia (estreia em 26 de Julho, no Parque Palmela, em Cascais).

Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo
Fundada em 1997 por Vasco Wellenkamp e Graça Barroso, como companhia de reportório original, a Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo (CPBC) teve como princípio gerador a constituição de um espaço para a criação contemporânea.
Em Abril de 1999, ano em que obteve o apoio do Ministério da Cultura, da Câmara Municipal de Lisboa e da Câmara Municipal de Cascais, a companhia apresentou-se pela primeira vez no estrangeiro, participando no Festival de Niterói, no Brasil, e integrando as Comemorações dos 500 anos dos Descobrimentos.
Com um reportório exclusivamente criado para si pelo seu director artístico e por coreógrafos convidados, colaborando com artistas de diferentes áreas e com um grupo de bailarinos de grande qualidade técnica e artística, a CPBC conquistou ao longo da última década uma excepcionalidade e uma reputação na dança contemporânea que é hoje reconhecida internacionalmente. Desse reportório destacam-se as obras de Vasco Wellenkamp, Nils Christe, Rui Lopes Graça, Gagik Ismailian, Henri Oguike, Nathalie Bard, Tíndaro Silvano, David Fielding, Rami Levi, Darshan Singh Buhller, Ronald Malzer, Jan Linkens, Benvindo Fonseca e Barbara Griggi.
Para além dos espectáculos que realiza em Lisboa, Cascais e Área Metropolitana de Lisboa, a companhia apresenta-se com regularidade anual em todo o País e é convidada a fazer parte da programação de vários teatros internacionais.
No Brasil apresentou-se no Festival de Niterói (1999), no festival Internacional do Rio de Janeiro (2000), e no Teatro Guaíra em Curitiba (2002).
Em Itália esteve no Festival de Villa Massima em Roma, no Anfiteatro Romano de Terni, no Teatro dei Grandi Fiumi em Rovigo (2003), no Teatro Metropolitan de Palermo, no Teatro Salieri em Legnago, no Teatro Morlacchi em Perúgia e no Teatro Toniolo em Mestre (2005).
Em Espanha participou no Festival ‘Madrid en Danza 2002’ e na Gala de Inauguração do ‘Festival de Madrid’ (2003) e actuou no Teatro Principal em Valência, no Palau Altea – Centre d’Arts, em Altea (2002) e no Centro Cultural de la Villa em Madrid (2006). Para o Teatro Calderón, em Valladolid (2003), co-produziu e apresentou, em estreia mundial, a obra A lua vai pelo céu com um rapaz pela mão, de Vasco Wellenkamp sobre poemas de Federico Garcia Lorca.
Em Viena de Áustria, participou na Gala do Otr-Osterreischish Tanzrat com o bailado Relação de Ronald Malzer (2004).
Na Alemanha, a companhia esteve no Tanztheatre em Osnabrück (2002) e levou a produção Amaramália ao Theater Im Pfalzbau em Ludwigshafen, ao Teo Otto Theather em Remscheid e ao Burghof Lörrach em Lörrach (2006).
No Luxemburgo actuou no Théâtre de la Ville (2006).
Nos Estados Unidos da América a companhia dançou Amaramália no Joyce Theater em Nova Iorque (2004), no Whitman Theater em Brooklyn, no Pepsico Theather em Suny Purchase e no Zeiterion Theather em New Bedford (2005).
Em 2007 a CPBC apresentou-se novamente no Joyce Theater em Nova Iorque, tendo realizado uma digressão por várias cidades de Itália. A companhia foi ainda convidada a apresentar-se em Moscovo, Estónia e Letónia e a fazer uma digressão ao Brasil.
Paralelamente à sua programação regular e em colaboração com a área metropolitana de Lisboa, a companhia desenvolve um programa pedagógico que inclui a criação de obras especialmente concebidas para crianças, a apresentação de espectáculos, e colóquios nas escolas e a realização de workshops de movimento.

ZULIA

“Algo que eu não sei sabe a folha que vibra naquele ramo.” Eduardo Chillida

Coreografia, concepção cenográfica e figurinos de Pedro Goucha Gomes
Música (encomenda original) Dirk Haubrich

Bailarinos: Cláudia Sampaio, Emílio Cervelló, Fábio Pinheiro, Gustavo Oliveira, Liliana Mendonça, Miguel Ramalho, Patrícia Henriques, Teresa Alves Silva

Intervalo

SETE SONHOS DE PÁSSAROS

Da leitura do poema persa de Farid Ud-din Attar – A conferência dos pássaros – foram surgindo fragmentos, imagens disformes de seres que, consciente ou inconscientemente, deixei vaguear nos cenários que a imaginação artística elege. A lucidez do pensamento diurno conseguiu esclarecer e afastar, momentaneamente, o absurdo dessas imagens, mas a força caleidoscópica dessa caótica estranheza voltava sempre no silêncio que antecede o sono, tomando o lugar da ordem e do método e obrigando-me a ceder.
Sete sonhos de pássaros tem sido para mim a mais intrigante de todas as obras em que me envolvi, ao ponto de não ter bem a certeza de ter sido eu próprio a coreografá-la.
Vasco Wellenkamp

Sete sonhos de pássaros teve a sua estreia mundial no Joyce Theatre de Nova Iorque a 16 de Maio de 2006.

Coreografia, concepção cenográfica e Colagem musical Vasco Wellenkamp
Música Kodaly, Luciano Berio, Brian Eno, Michael Levinas, Bach
Figurinos Liliana Mendonça
Luzes Orlando Worm

Bailarinos: Cláudia Sampaio, Emílio Cervelló, Fábio Pinheiro, Gustavo Oliveira, Guzman Rosado, Liliana Mendonça, Miguel Ramalho, Patrícia Henriques, Ricardo Teixeira, Rita Reis, Susana Lima e Teresa Alves Silva

SALA PRINCIPAL
26 e 27 JANEIRO
Duração 1h25[/box]

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