VIVO MORTA

Texto original de Jacinto Lucas Pires | Encenação e Cenografia de Jorge Pinto

CRIAÇÃO ENSEMBLE-SOCIEDADE DE ACTORES

Uma mulher morre sozinha.
Ou quase sozinha. Um enfermeiro assiste ao seu último suspiro – e apaixona-se.
Contra a família (entretanto aparecida), as instituições que a querem despachar para o mundo dos mortos (hospital, funerária, igreja) e a sociedade que não vê com bons olhos relacionamentos assim fracturantes (coro da opinião pública), o homem tenta seduzir a mulher. Este amor delicado, frágil, conseguirá vencer tantas e tão fortes barreiras?

Personagens:
Morta – uma mulher trabalhadora, de sucesso, que só aprende a viver depois de bater a bota
Vivo – enfermeiro solitário e tímido, que se descobre um romântico sem medo de nada
Bobo – músico que comenta irónicamente a acção
Coro – bailarinos – a cidade, a sociedade, a opinião pública

Uma peça para falar de duas cegueiras do nosso tempo: a doentia negação da morte e o excesso de politicamente correto. Com este “Vivo ama morta”, queremos falar disso através de uma história e em modo musical e cómico. Temos personagens, intriga, ação, mas também muita pergunta. A nossa crença na “vitória do amor sobre a morte” poderá ser levada à letra, até às últimas consequências? A liberdade pessoal – valor máximo, inatacável, nas nossas sociedades – não terá limites? De tanto nos querermos proteger da tristeza, da doença e da perda, não estaremos a criar um mundo demasiado assético, indiferenciado e chato? E poderemos ser felizes de verdade sem tocar na ferida da nossa mortalidade?

Uma vez mais, desafiamos o escritor e dramaturgo Jacinto Lucas Pires a escrever um texto para um elenco específico.

Esta nova criação pretende ser um work in progress que se prolongará por vários meses até à sua apresentação: uma abordagem transversal feita por actores, músicos e bailarinos em busca de modernas e originais possibilidades de interpretação e expressão artística de um original da dramaturgia portuguesa, numa conjugação única de talentos e criatividade, com o entusiasmo e inovação de quem partilha saberes próprios da sua actividade profissional. Procura-se, desta forma, uma abertura da experiência teatral a outras áreas performativas, a criação de parcerias produtivas com jovens criadores com a subsequente contaminação ao nível estético e ao nível de novas abordagens e procedimentos, fomentando a criação de laços artísticos e de sinergias entre artistas de áreas diferentes, como o teatro, a dança e a música.

Será realizada uma Conversa com o Público, após o espectáculo, num esforço continuado de aproximação e enriquecimento da cultura e fruição teatral junto de diferentes públicos.


10 OUTUBRO, 2020 | SALA PRINCIPAL

sáb às 21h00

Duração aprox.: 1h00 | M/14

Texto original Jacinto Lucas Pires
Encenação e Cenografia Jorge Pinto
Coreografia  Sónia Cunha
Música  Sofia Fernandes
Desenho de som Ricardo Pinto
Figurinos Ana Nogueira
Desenho de Luz José Álvaro Correia
Ass. encenação Francisco Lima

Interpretação Emília Silvestre, Daniel Silva, Sofia Fernandes, Diana Jorge, Deeogo Oliveira, Rafaela Silva, Francisco Lima e Patrícia Silva


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