VITÓRIA

de Athol FUGARD | encenação de José PEIXOTO

31 MARÇO a 10 ABRIL, 2011 | SALA PRINCIPAL

Se esta noite acabássemos a perceber um pouco mais um sobre o outro, já era bom… tu perceberes o que me fizeste e eu perceber porque é que o fizeste. Porque se não for assim, tudo o que já aconteceu e o que vai acontecer, será em vão… mais uma estupidez, como tantas outras que acontecem neste país.» Fala de Lionel, em Vitória, de Athol Fugard

A peça Vitória, estreada em 2007, põe em cena dois jovens negros – Vicky e Freddie, de Pienaarsig –, que assaltam a casa do velho professor branco reformado Lionel Benson, na expectativa de obterem dinheiro para fugirem para uma grande cidade que lhes proporcione um futuro melhor. A acção passa-se na África do Sul, após a realização das primeiras eleições livres, em 1994, e tem como pano de fundo a tensão entre brancos e negros, resultante de décadas de um apartheid injusto. Peça simultaneamente de esperança e desesperança, Vitória reflecte a violência e o desespero de muitos dos jovens sem perspectivas de um futuro diferente da miséria onde cresceram.

José Peixoto, actor e encenador, licenciado em História, tornou-se profissional com Os Bonecreiros. Estagiou no Théâtre de Gennevilliers, com Bernard Sobel, e no Piccolo Teatro di Milano, com Giorgio Strehler. Esteve na equipa inicial do Centro Cultural de Évora. Co-fundador do Teatro da Rainha, integrou a Direcção do Teatro da Malaposta e trabalhou no Teatro Municipal de Almada e no Novo Grupo. Professor na Escola Superior de Teatro e Cinema, leccionou Interpretação e Teoria e Prática da Encenação. Foi Presidente do Conselho Científico e Director do Departamento de Teatro da ESTC.

Athol Fugard, nascido em 1932, é filho de um casal anglo-africânder. Abandonada a universidade, decide correr Mundo. Regressa à África do Sul só nos últimos anos da década de 50, tornando-se funcionário judicial. É nesta função que se apercebe das humilhações sofridas pelos negros, obrigados a possuir «passes» impossíveis de obter, para circularem pelo país em busca de trabalho. E assim se lança numa produção teatral civicamente empenhada, onde ética, liberdade e igualdade são temas maiores.

Tradução Rui Pina COELHO e Ana Raquel FERNANDES
Cenografia e Figurinos Marta CARREIRAS
Desenho de Luz Pedro DOMINGOS
Banda Sonora Rui REBELO
Design gráfico Rui PEREIRA e Monóculo
Intérpretes Bruno HUCA, Cheila LIMA, Jorge SILVA
Fotografia A. W. Barradas
Produção Executiva Gislaine TADWALD e Joana PAES
Produção Teatro dos Aloés

31 MARÇO a 10 ABRIL, 2011 | SALA PRINCIPAL |  M/16

mostrar mais
Back to top button