UM PICASSO

de Jeffrey Hatcher | encenação de Eduardo Tolentino

01 JUNHO, 2014 | SALA EXPERIMENTAL

Para o regime nazi, os quadros de Picasso constituíam – à semelhança dos de Klee, Léger ou Miró – aquilo a que se chamava “arte degenerada” , um conceito abrangente que se confundia com o de arte moderna e que encontrava legitimação no ideal de beleza defendido por Hitler. Muitos artistas, sob a acusação de o contrariarem, viram as suas obras destruídas em autos-de-fé, nomeadamente naquele que ocorreu em Paris, em 1942 (e que incluiu originais de Picasso). É a este período que Jeffrey Hatcher se reporta: na Paris sob domínio alemão, Picasso é interrogado por Fräulein Fischer, uma atraente colaboradora da Gestapo que pretende confirmar a autenticidade de três quadros seus. No entanto, Picasso cedo compreende que o que se prepara não é apenas uma exposição, mas antes a queima de obras de arte “degeneradas” .

Jeffrey Hatcher (n. 1958) é um premiado dramaturgo e argumentista norte-americano. As suas peças – entre as quais se destaca Compleat female stage beauty (1999), já adaptada para o cinema, e Dr. Jekyll and Mr. Hide (2008), vencedora do Edgar Award para Melhor Peça – foram representadas na Broadway, no circuito off da Broadway e em teatros nacionais e estrangeiros. Um Picasso, escrita em 2005, estreou no Manhattan Theatre Club no mesmo ano, encenada por John Tillinger.

autor Jeffrey Hatcher
tradução Brian Head
encenação Eduardo Tolentino de Araújo*
elenco Rui Madeira, Ana Bustorff
espaço cénico Eduardo Tolentino de Araújo
figurinos Manuela Bronze
ambiente sonoro Pedro Pinto**
criação vídeo Frederico Bustorff**
desenho de luz Antonio Simón
design gráfico e fotografia Paulo Nogueira

*Diretor do Grupo TAPA, fundado em 1979 no Rio de Janeiro.
**Centro de Criação de Vídeo e de Som RODAVIVA.
SALA EXPERIMENTAL | 01 JUNHO
TEATRO | Duração: 1h00 (aprox.) | M/12

Companhia De Teatro De Braga

mostrar mais
Back to top button