UM INIMIGO DO POVO

de Henrik Ibsen | encenação de Álvaro Correia

08 FEVEREIRO, 2014 | SALA PRINCIPAL

Depois de Casa de bonecas (1879) e Espectros (1881), duas peças que causaram escândalo, Henrik Ibsen escreve, em 1882, Um inimigo do povo. Muito bem acolhida na altura, é considerada uma das mais influentes e incisivas peças do Autor, pela forma como problematiza a relação entre o domínio individual e o colectivo, questionando a legitimidade da maioria na tomada de decisões. Quando, numa pequena vila balnear norueguesa, se descobre que a água da estância termal, única fonte de receitas local, está contaminada, o Dr. Thomas Stockmann vê-se forçado a defender, sozinho, a verdade. O confronto com uma sociedade hipócrita – que trai, sem pestanejar, valores absolutos apenas para não ver beliscados os seus privilégios e a sua prosperidade – obrigará Stockmann a trilhar o caminho do desengano e a renunciar à sua antiga e ingénua crença na independência de pensamento das massas.

Henrik Ibsen (1828-1906) é considerado um dos fundadores do teatro moderno. Depois de ter começado por escrever dramas em verso, inspirados em temas da história clássica ou escandinava – como Catilina (1850) ou Peer Gynt (1867) -, Ibsen dedica-se à composição de dramas realistas, considerados escandalosos na época pela crítica social e moral subjacente. Foram sobretudo peças como Os pilares da sociedade (1875), O pato bravo (1884) e Hedda Gabler (1890) que o consagraram como dramaturgo universal, embora a falta de reconhecimento obtido no seu país natal o tenha levado a emigrar, primeiro para Roma e, mais tarde, para Munique.

Intérpretes Álvaro Correia, Ana Lúcia Palminha, Carlos Paulo, Eduardo Breda, Hugo Franco, João Vicente e o Estagiário da ESTC Frederico Barata
Tradução Francis Henrik Aubert
Música Hugo Franco
Luz Paulo Graça
Assist. De encenação Marta Helena Jorge
Fotografia Bruno Simão

SALA PRINCIPAL | 08 FEVEREIRO
TEATRO | Duração: 2h00 (c/interv.) | M/12

Comuna – Teatro De Pesquisa (Lisboa)

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