UM GRITO PARADO NO AR

de Gianfrancesco Guarnieri | encenação de Antonio Mercado

17 OUTUBRO, 2014 | SALA EXPERIMENTAL

Uma das peças que mais comoveu o Brasil nos tempos de resistência à ditadura militar, este é o texto mais alegre e lúdico de Guarnieri: seis actores, três homens e três mulheres, ensaiam uma peça que nunca chegamos a conhecer. Mais de 40 anos volvidos da sua estreia em São Paulo, Um grito parado no ar foi adaptado à realidade portuguesa, recorrendo à recolha de depoimentos em vídeo de pessoas comuns (integrados depois na peça), que nos falam das suas vidas, das suas inquietações e do nosso tempo. Ao adaptar este texto de resistência à realidade portuguesa em que muitos têm de dar voltas à vida para poderem manter o seu trabalho e concretizarem os seus sonhos, Antonio Mercado põe em evidência a ténue fronteira entre a vida e o palco.

Gianfrancesco Guarnieri (1934-2006), actor, encenador, dramaturgo e poeta, estreou-se como dramaturgo em 1958 com o célebre Teatro de Arena de São Paulo, com Eles não usam black-tie, peça que marca a renovação do teatro brasileiro. A sua obra como dramaturgo durante os tempos da ditadura militar – os “anos de chumbo” que se seguiram ao golpe de 1964 – é tida como particularmente importante: deste período destacam-se O botequim (1972), Um grito parado no ar (1973), Basta! (impedida de estrear pela censura) e Ponto de partida (1976).

Intérpretes Inês Mourão, Isabel Craveiro, João Castro Gomes, Margarida Sousa, Nuno Carvalho e Pedro Lamas

Vídeo Alexandre Mestre
Adaptação e direcção musical Luís Figueiredo
Apoio vocal Cristina Faria
Banda sonora Rui Capitão
Músicos Armindo Fernandes e Ni Ferreirinha
Entrevistas Alexandre Mestre, Cláudia Pato e Rui Capitão
Grafismo Sofia Frazão
Fotografia Carlos Gomes
Direcção de produção Cátia Oliveira
Produção executiva Inês Mourão, Margarida Sousa e Nuno Carvalho
Direcção técnica João Castro Gomes
Equipa técnica Alexandre Mestre, Jonathan Azevedo e Rui Capitão
Estagiária assistente Ana Bárbara Queirós

SALA EXPERIMENTAL | 17 OUTUBRO
TEATRO | Duração: 1h15 | M/16

O Teatrão (Coimbra)

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