UM ESPECTÁCULO

a partir de Robert Pinget encenação de Elisabete Martins

15 ABRIL, 2017SALA EXPERIMENTAL

Há reminiscências de Beckett no conflito que opõe as personagens de Pinget. Vladimir e Estragon, de À espera de Godot, perfilam-se no horizonte quando assistimos ao confronto entre um encenador obcecado com a materialização do espectáculo que idealizou e uma produtora cuja única função parece consistir em refrear os voos da imaginação alheia. Originalmente, o texto de Pinget chamava-se Abel e Bela, e requeria a participação de dois intérpretes masculinos. Neste espectáculo, a ACTA optou não apenas por alterar o título, reforçando assim a dimensão metafórica do lugar onde decorre a acção, mas também por colocar o feminino na equação, enriquecendo o sentido das reflexões propostas.

Robert Pinget (1919-1997) foi romancista, dramaturgo, contista e ensaísta. Antes de se dedicar à escrita, incentivado por Albert Camus, Alain Robbe-Grillet e Samuel Beckett, trabalhou como advogado na Suíça, o seu país natal, e estudou Belas-Artes em Paris. Em 1965 recebeu o Prix Femina pelo romance Quelqu’un.

Elisabete Martins é actriz, encenadora e formadora, tendo concluído em 2000 o Curso de Formação de Actores, Técnicos e Animadores Teatrais da ACTA. Integrou o elenco da companhia em 2001 e estreou-se na encenação no ano seguinte, com O primeiro, de Israel Horowitz.

15 ABRIL, 2017
Sáb às 21h30
SALA EXPERIMENTAL | M/12 | DURAÇÃO: 1H10

Intérpretes Bruno Martins e Glória Fernandes
Dramaturgia, Espaçocénico e Figurinos Luís Vicente e Elisabete Martins
Desenho de Luz Octávio Oliveira

Hotel Europa (Lisboa) / Co-produção: Teatro Maria Matos


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