“Todas as peças que faço já li há 15, 20 anos”

João Mota, director da Comuna – Teatro de Pesquisa, esteve à Conversa com o público a propósito da encenação que trouxe ao TMJB: Crise no Parque Eduardo VII

A conversa foi moderada como habitualmente por Ângela Pardelha, que começou por interpelar João Mota para que explicasse a escolha desta peça. O encenador começou por dizer que todas as peças que decide dirigir passam por um longo período de maturação até que sente que é a altura certa de as levar à cena – um momento que tem a ver com a maneira como interpreta o Mundo, a disponibilidade de elenco, etc. Neste caso a primeira vez que viu a peça (cujo nome original é I’m not Rappaport, um texto de Herb Gardner) foi em Coimbra, nos Bonifrates. A adaptação e a versão cénica também são da sua autoria, apesar de garantir que o texto é o original e que se limitou a mudar nomes e referências, adaptando-as a Portugal: “A peça passa-se em Portugal porque está mais perto de nós e porque vivemos uma grande crise, que é a forma como tratamos os velhos”. Sobre o espectáculo, afirma que “é realista, naturalista e com muito nonsense” e garante que “não é uma peça do passado, é uma peça do futuro”. A conversa continuou animada com várias interpelações dos espectadores. A próxima Conversa com o público está agendada para dia 10 de Março, às 18h, a propósito do espectáculo Um D. João Português, com a presença confirmada de Luis Miguel Cintra e de Levi Martins.

In CTA 14 Fev 2018

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