“Shitz” marca a estreia de Levin em Portugal

A CTA reprogramou espetáculos, devido à pandemia, mas abre agora portas para uma estreia, um concerto de fado, teatro para a infância e uma peça de acolhimento. A preparação do 38.º Festival de Teatro também está em marcha.

António Luís in Semmais, 16 Abril 2021

“Shitz” do israelita Hanoch Levi e com encenação do italiano Toni Cafiero, é a próxima produção da Companhia de Teatro de Almada (CTA) que, após um período de confinamento devido à Covid-19, tem estreia agendada para dia 30, às 20h00, no Teatro Joaquim Benite, em Almada.

A peça fala-nos “da possibilidade de um mundo distópico, em que a moral não exista”, explica ao Semmais o diretor da CTA, Rodrigo Francisco, acrescentando que “Hanoch Levin, o grande autor do teatro israelita e que é uma estreia absoluta em Portugal, deuncia as manigâncias económicas por detrás do grande negócio que também é a guerra”.

Já o encenador Toni Cafiero volta a Almada depois de ter dirigido “O Feio”, de Marius von Mayenburg. “Shitz”, que conta com interpretações de André Pardal, Diogo Bach, Erica Rodrigues, Pedro Walter e Ariel Rodriguez (piano) e estará em cena durante todo o mês de maio, podendo ser vista, na sala experimental, de terça a sábado, às 21h00, no dia 2 de maio, às llh00 e nos restantes domingos às 16h00.

Um concerto com Ricardo Ribeiro, um dos mais importantes nomes do fado da atualidade, a 22 e a 23 de abril, às 20h00, marca o regresso da CTA aos espetáculos musicais.

Segue-se a 24 e a 25, às 11h00, o teatro para a infância “Pastéis de nata para Bach”, uma dramaturgia de Pedro Proença e Teresa Gafeira, que ‘inventaram’ que o famoso compositor alemão não conseguia compor música sem comer pastéis de nata.

A 30, às 20h00, a Companhia de Teatro de Braga leva ao Teatro Joaquim Benite a peça “Queria estar viva para vê-los sofrer”, de Max Aub, com encenação de Ignácio Garcia. Um texto que fala dos que viveram a experiência da guerra e recorda as vítimas dos totalitarismos aniquilantes.
Um monólogo com Ana Bustorff.

Rodrigo Francisco adiantou ao Semmais que durante o confinamento “não houve despedimentos” de funcionários e que o grupo se têm preparado para voltar a receber os espetadores da “melhor forma”. Além disso, “reprogramámos os espetáculos que não pudemos apresentar durante o confinamento, a maioria dos quais ainda para este ano” e, sublinha que “a atividade artística não vive só de ação. É também necessária alguma reflexão e estudo. Nos próximos três meses contamos estrear três peças, duas das quais no Festival de Teatro”, cuja 38ª edição decorre em julho e irá assinalar os 50 anos de atividade da CTA.

Loader Loading...
EAD Logo Taking too long?

Reload Reload document
| Open Open in new tab
mostrar mais
Back to top button