SABE DEUS PINTAR O DIABO

de Abel Neves | encenação de Rui Madeira

20 OUTUBRO, 2013 | SALA EXPERIMENTAL

Andam por aí, próximos de toda a gente. Vieram de perto, mas de onde não sabemos. Os seus nomes são-nos revelados: Feliciano e Raimundo. Abrigados no último andar de um velho prédio, escolheram ser autores de uma espécie de fim do Mundo. Cúmplices de uma acção degradante com motivos que fazem pensar o lodo onde a humanidade repetidamente se deixa atolar, Feliciano e Raimundo, amigos de circunstância, julgam-se portadores de uma razão capaz de dar acerto ao Mundo, e não se afligem com a opção que decidiram, mas sentem o nervosismo que algum humor inquietante deixa transparecer. Encontraram-se e o que sabemos é que se entenderam para um jogo de extermínio. As suas biografias, se as conhecêssemos ao pormenor, não dariam para explicar o que são capazes de fazer. E o que eles fazem nunca deveria fazer-se.
Abel Neves

Abel Neves (n. 1956), poeta, romancista, ensaísta, e sobretudo prolífico dramaturgo, escreveu para A Comuna entre 1979 e 1991. Entre as suas peças mais recentes contam-se Jardim suspenso (distinguida em 2009 com o Prémio Luso-Brasileiro de Dramaturgia António José da Silva), Clube dos pessimistas (2010), e Flores para mim (Teatro Meridional, 2011).

Intérpretes Rogério Boane, Carlos Feio e Emílio Lucombo
Cenário Samuel Hof
Figurinos Sílvia Alves
Desenho de luz Fred Rompante
Ambiente sonoro Pedro Pinto

SALA EXPERIMENTAL | 20 de OUTUBRO
TEATRO | Duração: 1H20 | M/12
Companhia de Teatro de Braga

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