As obras mais representativas de Raul Brandão apresentam-se-nos assim como diários em que o escritor anotou os seus pesadelos. Os mortos clamam dos túmulos o logroem que viveram: “ Estive anos a rezar a uma cómoda, a falar a uma cómoda, a sofrer diante de uma cómoda”… Os vivos, o seu ódio, o seu desespero, a sua angústia. Todos os personagens são visões. Uns, fúrias de uma cosmogonia social: Candidinha, o ódio; Felícia, o orgulho e a avareza; Leocácia, a pauta do dever; Gabiru, a litania da morte… Outros, abstracções da pureza: Joana, a ternura; Sofia, o sacrifício… O próprio estilo é visionário. A apisagem, “uma grande fantasmagoria.” Mário Sacramento
Estreia no Teatro Municipal de Almada a 15 de Maio de 2009
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