Enquanto os membros da Liga Democrata jogam tranquilamente às cartas no estabelecimento do Sr. Lehninger, aguardando o início do evento que organizaram e que dá pelo nome de “Noite da Liberdade”, fica a saber-se que os fascistas planeiam festejar o seu “Dia da Pátria” no mesmo espaço, apenas algumas horas antes. A passividade dos democratas mais velhos, bem como a falência dos seus princípios (para o Vereador, concordar com Marx não implica enjeitar a compra de um lote de terreno…), tornam-se evidentes, sobretudo quando confrontadas com a intransigência de Martin, o dirigente da facção mais revolucionária, que chega ao ponto de convencer a namorada a prostituir-se para assim obter mais informações sobre o inimigo. Simultaneamente, as duas festas põem a nu as diferenças entre os dois partidos: se os nazis impressionam com as marchas, os estandartes, os exercícios militares e os cânticos, os democratas, esses, parecem preferir os saraus caducos… Mas o certo é que também não é possível encobrir algumas semelhanças, nomeadamente no que diz respeito ao papel secundário que, à luz de ambas as ideologias, estava reservado à mulher. Um episódio forçará o confronto entre as duas facções: a vandalização do busto de Sua Majestade.
Estreia no Teatro Municipal Joaquim Benite a 2 de Dezembro de 2016
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