POUR DOLORES

criação de Josef Nadj e Ivan Fatjo

06 FEVEREIRO, 2016 | SALA PRINCIPAL

Na origem de Pour Dolorès está o rosto de uma mulher; uma presença silenciosa, enigmática e marcante, que emana inteiramente de uma máscara antiga de cartão pintado em tons mate, com traços toscos, cabelos negros, lábios vermelhos e olhar oblíquo. Esse encontro fortuito, ocorrido numa feira de velharias, suscitou em Josef Nadj um apelo, como que uma injunção: saber quem era Dolorès, corporizá-la, descobri-la por detrás dessa máscara feminina. Ainda sob o signo da figura do duplo, a nova criação de Josef Nadj, em duo com Ivan Fatjo, inscreve-se no percurso dos seus espectáculos mais recentes: em particular Ozoon (2013) e Paysage inconnu (2014). Isto porque, se é verdade que a música sempre foi um elemento essencial na obra de Nadj, não deixa de ser assinalável que a busca de uma união absoluta entre a música e a dança alcançou particular relevo a partir da sua colaboração com o saxofonista Akosh Szelevényi e o baterista Gildas Etevenard.

Josef Nadj (Kanjiza, 1957) ruma a França em 1980 para frequentar os cursos de mímica de Marcel Marceau e Étienne Decroux. Descobre o universo da dança contemporânea com François Verret, Catherine Diverrès e Mark Tompkins, fundando, em 1986, a sua própria companhia: o Théâtre Jel. Dirige desde 1995 o Centre Chorégraphique National d’Orléans, tendo recebido, em 2002, o Grande Prémio da Dança do Sindicato da Crítica (com Petit psaume du matin e Les philosophes) e, em 2006, o Prémio Europa Novas Realidades Teatrais. Esteve presente no Festival de Almada em 2014, com Paysage inconnu, e em 2011, com Les corbeaux.

Centre Choregraphique National d’Orleans (Orleães, França)

Sáb às 21h30
SALA PRINCIPAL
M/6 | 00h50

POUR DOLORES

Intérpretes Ivan Fatjo e Josef Nadj
Som Steven Le Corre
Luz Christian Scheltens
Cenografia e Adereços Julien Fleureau, Clément Dirat e Oliver Berthel


CONVERSAS COM O PÚBLICO SÁB 06 FEVEREIRO ÀS 18H00

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