Palcos da semana: das tábuas ao jazz, com liberdade e desejo

O Festival de Almada, o Matosinhos em Jazz, o AgitÁgueda, a MAPS - Mostra de Artes Performativas de Setúbal e Um Eléctrico Chamado Desejo a passar por Lisboa

in Público 30 Junho 2024 | notícia online

Olivier Py entra em cena com o seu alter ego Miss Knife, a drag queen que dá a cara em E Agora, Miss Knife Tem Um Par…, espectáculo que junta o cabaré, o music hall e o recital, onde partilha o palco (e o amor pela chanson) com o pianista Antoni Sykopoulos. Samuel Achache e o Théâtre des Bouffes du Nord piscam o olho ao vaudeville e ao burlesco em Sem Tambor. E Jeanne Desoubeaux e a Compagnie Maurice et Les Autres revelam Onde Vou à Noite partindo do mito de Orfeu e Eurídice e da ópera de Christoph W. Gluck.

O Festival de Almada, que este ano faz as contas a 41 edições, alinha o cartaz com as notas de uma França musical, prestando ainda homenagem à companhia de teatro nacional A Barraca e aos 50 anos de Abril.

A revolução vai então a palco em forma de teatro, música, dança, encontros, colóquios e exposições, seja com a prata da casa (a Companhia de Teatro de Almada, a Formiga Atómica, a Causas Comuns, O Bando, o Teatro do Noroeste, os Artistas Unidos e o Teatro do Bairro/Ar de Filmes, por exemplo), seja com criadores externos, como Hanane Hajj Ali (Líbano), a Compagnia Marionettistica Carlo Colla & Figli (Itália), o Centro Dramático Galego (Espanha) ou a Gandini Juggling (Inglaterra).

Tudo alimentado pela matriz humanista e pelo valor da diferença porque, salienta o director artístico Rodrigo Francisco, “o teatro é outra loiça: precisa da energia gerada entre quem faz e quem assiste”, não sendo consumível de forma passiva. Ou como se diz que Molière diria, um lugar onde tudo se resume a “duas tábuas e uma paixão”.

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