OS GATOS

A partir de O livro dos gatos de T. S. Eliot | Encenação de Teresa Gafeira

COMPANHIA DE TEATRO DE ALMADA

Era uma vez muitos gatos, com muitos nomes, alguns muito estrambólicos, e outros que eram só deles, e não diziam a ninguém. Havia um a quem chamavam Tigre Ronrom, que apesar de dançar muito bem, era tão esquisito, tão esquisito, que não gostava de festinhas, só fazia disparates e, sobretudo, apenas o que lhe apetecia. Havia outra, uma gata velha, a quem chamavam Sarapintada, que passava os dias sentada ou deitada a guardar energia para as noites – altura em que parecia que fi cava outra vez nova, e dava aulas de canto e de solfejo aos ratos, cozinhava para eles ou treinava-os para serem escuteiros. Dois outros, Matalote e Rapioca – que nomes maravilhosos! –, eram gatos vadios que, para além de serem grandes especialistas nas artes do circo, miavam o Singin’ in the Rain melhor que o Gene Kelly e eram ainda mais famosos do que ele. E havia ainda uns gatos que ensaiavam pinotes em pensamento e sonhavam com a Lua cheia durante o dia, para à noite irem ao baile, dançar e cantar que nem uns malucos.

Os gatos é inspirado nos poemas de O Livro dos Gatos, escrito por um senhor chamado Tomás (Thomas, em inglês, Tom para a família e os amigos): T. S. Eliot (1888-1965), um grande (ou seja, muito bom) poeta norte americano, tão grande que até ganhou o Prémio Nobel da Literatura em 1948. A encenadora Teresa Gafeira escolheu alguns poemas desse livro e criou uns gatos que só podem ser vistos no teatro. Os gatos é uma espécie de aula de gatologia, que é uma palavra que ainda não está nos dicionários mas que faz muita falta.


01 e 02 JUNHO, 2024 | SALA DE ENSAIOS

sáb às 16h00
dom às 11h00 e às 15h00

Duração: 50 min. | M/3

Perguntas ao palco!
01 e 02 junho

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Desenho de luz José Carlos Nascimento
Cenografia Ana Paula Rocha
Operação de luz e som Paulo Horta
Intérpretes Diana Vaz, João Farraia, Miguel Martins, Pedro Walter

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