ORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOA

Direcção Musical Maestro Mark Laycock

3 JANEIRO, 2011 | SALA PRINCIPAL

ORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOA
Cesário Costa direcção artística

AOrquestra Metropolitana de Lisboa (OML) estreou-se no dia 10 de Junho de 1992. Desde então, os seus músicos asseguram uma extensa actividade que compreende os repertórios barroco, clássico e sinfónico – integrando, neste último caso, os jovens intérpretes da Orquestra Académica Metropolitana. Esta versatilidade, que lhe permite abranger géneros tão diversos, como a Música de Câmara, o Jazz, o Fado, a Ópera ou a Música Contemporânea, tem contribuído para a criação de novos públicos e consolidado o carácter inovador do projecto da Metropolitana. Esta entidade, que tutela a orquestra, tem como principais singularidades a interligação entre a dimensão artística e a prática pedagógica das suas escolas – a Academia Superior de Orquestra da Metropolitana, a Escola Profissional Metropolitana e o Conservatório Metropolitano de Música de Lisboa – e uma criteriosa actuação no domínio da responsabilidade social, de que é exemplo a recente implementação do ensino musical integrado nas escolas da Casa Pia de Lisboa. Cabe-lhe, ainda, a responsabilidade de assegurar uma programação regular em várias autarquias da região centro e sul, para além de promover uma efectiva descentralização cultural do norte ao sul do país.

Desde o seu início, a OML afirmou-se como uma referência incontornável do panorama orquestral nacional. Além-fronteiras, apresentou-se em Estrasburgo e Bruxelas somente um ano após a sua criação. Desde então tem tocado em Itália, Índia, Coreia do Sul, Macau, Tailândia e Áustria. Em Julho de 2009 deslocou-se a Cabo-Verde, numa ocasião histórica, em que pela primeira vez se apresentou uma orquestra clássica no arquipélago. Mais recentemente, no final de Dezembro de 2009 e início de Janeiro de 2010, efectuou uma digressão pela China.

Ao longo dos anos foi dirigida pelos mais importantes nomes da direcção orquestral portuguesa e por inúmeros maestros estrangeiros de elevada reputação, onde se incluem Arild Remmereit, Nicholas Kraemer, Lucas Paff, Joana Carneiro, Jean-Sébastien Béreau, Álvaro Cassuto, Cesário Costa, Brian Schembri, Manuel Ivo Cruz, Michael Zilm, Victor Yampolsky e, mais recentemente, Christopher Hogwood e Theodor Guschlbauer. Colaborou com grandes solistas como Maria João Pires, José Cura, Monserrat Caballé, Kiri Te Kanawa, José Carreras, Felicity Lott, Elisabete Matos, Leon Fleisher, Natalia Gutman, Augustin Dumay, Oleg Marshev, Pascal Rogé, Artur Pizarro, Tatiana Nikolayeva, Anabela Chaves, Anne Queffélec, Irene Lima, Paulo Gaio Lima, Eric Stern, Gerardo Ribeiro e António Rosado. Mais recentemente, juntaram-se a este rol os nomes de António Meneses, Sol Gabetta, Michel Portal, Marlis Peterson, Thomas Walker e Dietrich Henschel. Na presente temporada, a OML tem como principal solista convidado o violinista Augustin Dumay.

A OML já gravou dez CDs – um dos quais disco de platina – para diferentes editoras, incluindo a EMI Classics, a Naxos e a RCA Classics.

Desde a sua constituição, a Metropolitana foi presidida por Miguel Graça Moura, tendo esse lugar sido ocupado desde Novembro de 2003 até Novembro de 2008 por Gabriela Canavilhas. A actual direcção é constituída por Cesário Costa (Presidente), Fátima Angélico e Paulo Pacheco (Vogais).

Mark Laycockdirecção musical
Maestro de renome internacional, Mark Laycock dirigiu orquestras de cidades como Londres, Paris, Moscovo, Kiev, Montreal, Cidade do México, Seul e Taipei, entre outras. Tem colaborado com a Wiener KammerOrchester, Kammerorchester Schloss Britz em Berlim, a Jaener Phlharmonie, Neubrandenburg Philharmonie, Bayerische KammerPhilharmonie, Orchestre Filarmonica de Bogota, Festival Strings Lucerne, Deutsches Nationaltheater e Staatskapelle Weimar; apresentou-se ainda pela quarta vez consecutiva com a Bochumer Symphoniker, na Alemanha, e com a Georges Enescu Philharmonic , em Bucareste. Recentemente, apresentou-se pela primeira vez na Finlândia e com a Stavanger Symphony Orchestra, na Noruega, bem como com o Bach-Collegium Stuttgart. Em Julho de 2009 regressou aos Estados Unidos da América para dirigir a 9ª Sinfonia de Beethoven pela New Jersey Symphony Orchestra; no Verão de 2010 assumiu de novo a direcção musical desta orquestra, desta vez num programa que incluía Carmina Burana, de Carl Orff. Dirigiu ainda diversas apresentações de Don Pasquale, de Donizetti, com a Opera New Jersey. Em 2011 voltará a estar à frente da Opera New Jersey na direcção musical de O Barbeiro de Sevilha.

Mark Laycock dirigiu o seu primeiro concerto aos 21 anos à frente da Philadelphia Orchestra, orquestra que voltaria a dirigir diversas vezes. Entre as orquestras com quem tem trabalhado frequentemente, incluem-se também a Symphonique d’Montréal, a Philharmonia Orchestra of London, no Royal Festival Hall e no Barbican Centre, e a St. Paul Chamber Orchestra, em São Paulo, que dirigiu também em digressão. No âmbito da participação no “Project Uplift”, em Junho de 2005, viajou até Ekaterinburg (Rússia) para dirigir o Requiem de Verdi com a Sverdlovsk Stat Philharmonic. Na temporada 2006-2007 apresentou-se pela primeira vez na Ásia, à frente da TJB Orchestra Daejeon, tendo de imediato sido convidado a regressar à Coreia para dirigir a Gyeonggi Philharmonic Orchestra no Seoul Arts Center.

Mark Laycock foi o primeiro artista de nacionalidade estrangeira a ser convidado para o Moscow Autumn Festival, onde dirigiu um programa no célebre Tchaikovsky Hall. Foi ele também quem dirigiu o concerto inaugural da Cairo Opera House em 1988. Em Amman (Jordânia), teve a seu cargo a direcção musical do primeiro concerto de música clássica aberto ao público que se realizou neste país. Esta sequência de acontecimentos está documentada em “Classical Caravan”, um documentário produzido pela estação pública NJN e vencedor de um Emmy. Em 2001, após a sua estreia no Palacio de Bellas Artes, na Cidade do México, foi convidado a regressar no Verão seguinte para uma masterclass com duração de uma semana dirigida aos maestros deste país.

Laycock começou a dirigir aos 16 anos de idade, tendo estudado no St. Louis Conservatory of Music, e de 1975 a 1979 estudou viola sob a orientação do Curtis String Quartet em Philadelphia. Foi Maestro Convidado do Aspen Music Festival e venceu a Leopold Stokowski Memorial Conducting Competition, em colaboração com a Philadelphia Orchestra. De 1995 a 1998 foi Director Musical da Orchestra London Canada e foi ainda nomeado Maestro Assistente na New Jersey Symphony Orchestra.

Dedicou-se também à composição; as suas peças têm sido apresentadas pela Philadelphia Orchestra, New Jersey Symphony Orchestra, Alabama Symphony Orchestra, Canton (OH) Symphony Orchestra e Princeton Symphony Orchestra, entre outras. Tendo dirigido mais de 1800 obras, Laycock é conhecido pela sua capacidade de assumir a direcção de um programa com muito pouco tempo de antecedência e, consequentemente, de preparação, o que aconteceu com a 1ª e 4ª Sinfonias de Brahms (que dirigiu de memória), Carmina Burana, de Orff, Ein Heldenleben, de Strauss, e até a ópera Carmen, que dirigiu sem qualquer ensaio obtendo ainda assim o reconhecimento unânime da crítica e do público.

Durante mais de 20 anos, Mark Laycock foi Director Musical da Princeton Symphony Orchestra, que evoluiu de uma pequena orquestra de câmara para uma orquestra sinfónica aclamada pela crítica e distinguida por dois anos consecutivos com o prémio Citations of Excellence do State Arts Council de New Jersey por “apresentar os mais altos padrões de excelência artística.” Mark Laycock vive actualmente com a sua família em Berlim.

JANEIRO, 2011 | SALA PRINCIPAL

Loader Loading...
EAD Logo Taking too long?

Reload Reload document
| Open Open in new tab
mostrar mais
Back to top button