ORQUESTRA GULBENKIAN

Camille SAINT-SAËNS | Joly BRAGA SANTOS

13 ABRIL, 2012 | SALA PRINCIPAL

Camille Saint-Saëns (1835-1921) deixou uma obra vasta, entre óperas, sinfonias, concertos, peças para órgão, música vocal, etc. O Concerto para Violoncelo e Orquestra Nº 1 em Lá menor, Op. 33 foi composto em 1872 e dedicado ao seu amigo compositor, violoncelista e também luthier de origem belga Auguste Tolbecque, que o interpretou pela primeira vez em Paris em 1873. A obra rompeu com a forma mais tradicional do concerto, inovando melodicamente e dando inédita margem expressiva ao instrumento solista.

Joly Braga Santos (1924-1988) encontrou inspiração na música tradicional portuguesa, «não desdenhando as conquistas do século XX, [porém tentando falar] ao homem comum com simplicidade e clareza». A sua 4ª Sinfonia está impregnada de sonoridades folclóricas e o compositor dedicou-a à Juventude Musical Portuguesa, de que foi membro-fundador – a obra termina de resto com um Hino à Juventude. A sua primeira apresentação ocorreu no início dos anos 50 pela Orquestra Sinfónica da Emissora Nacional.

Pedro Neves (n.1975) estudou violoncelo, e, paralelamente, direcção de orquestra – vindo a aperfeiçoar-se em Milão e mais tarde a tornar-se assistente de Michael Zilm. Dirigiu já todas as grandes orquestras portuguesas e também alguns músicos solistas de renome, caso de Pedro Burmester ou de António Rosado. Professor na Academia Nacional Superior de Orquestra, é maestro titular da Orquestra Clássica de Espinho e da Orquestra do Algarve. Foi já distinguido com o Prémio da Juventude Musical Portuguesa e com o Prémio Jovens Músicos. Actualmente, realiza na Universidade de Évora um doutoramento sobre as sinfonias de Joly Braga Santos.

Varoujan BartikianVaroujan Bartikian nasceu na Arménia e iniciou os seus estudos na Escola Especializada de Música Tchaikovsky, sob a orientação de Alexander Tchauchian. Como solista, tocou em público, aos dez anos de idade, o Concerto nº 3 de Golterman, e aos catorze as Variações sobre um tema Rococó de Tchaikovsky, com a Orquestra Filarmónica da Arménia. De 1978 a 1983, frequentou o Conservatório Superior de Música Komitas, de Yerevan. Em 1977 participou no Concurso Transcaucasiano de Violoncelo, organizado em Tbilissi, tendo então recebido o 1º Prémio. Em 1981 participou no Concurso das Repúblicas Soviéticas, em Tbilissi, sendo galardoado com o 3º Prémio e com um prémio especial pela execução dos 24 Prelúdios do compositor georgiano Sulkan Tsintsadze. Mais tarde gravou a mesma obra em disco para a etiqueta Melodia. Depois de se ter licenciado, em 1983, prosseguiu o seu aperfeiçoamento, tendo obtido o grau de Mestre em Violoncelo e em Ciências Musicais, nas áreas de Teoria da Interpretação e Metodologia do Ensino.
Varoujan Bartikian é membro fundador do Quarteto de Cordas de Yerevan, constituído em 1982. Este quarteto venceu o Concurso Borodin de 1983.
Em 1988, Varoujan Bartikian foi convidado para professor de violoncelo do Conservatório Komitas de Yerevan, lugar que ocupou até se deslocar para Portugal, em 1989, quando passou a integrar a Orquestra Gulbenkian. Tem realizado concertos em Portugal e actuou como solista com a Orquestra Gulbenkian. Tocou com a Orquestra Filarmónica da Arménia, sob a direcção de John Nelson e gravou para a Antena 2 da RDP.
Em 1991 formou o Trio Bartikian, com o pianista Michel Gal e a clarinetista Esther Gerogie. Desde 2001 é violoncelista do Quarteto Capela. Gravou várias obras de António Victorino de d’Almeida para a etiqueta Numérica.
Varoujan Bartikian lecciona violoncelo e música de câmara no Instituto Piaget.

PROGRAMA
Camille SAINT-SAËNS, Concerto para Violoncelo e Orquestra N.º 1, em Lá menor, Op. 33
intervalo
Joly BRAGA SANTOS, Sinfonia N.º 4

13 ABRIL, 2012 | SALA PRINCIPAL

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