O TALHO DO LUCAS

de Mário Faísca | encenação de Alberto Quaresma, Ana Picoito e João Maria Pinto

19 a 29 JANEIRO, 2006 | SALA PRINCIPAL

Victor Haim nasceu em Paris pouco antes da II Grande Guerra, mas foi em Nantes que passou a adolescência. Nesta cidade estudou no Conservatório de Teatro, tendo sido posteriormente obrigado a passar à clandestinidade, juntamente com a sua família, para escapar à ocupação nazi.

Entre 1958/60, na Argélia, escreve a sua primeira peça de teatro, Mourir en Chantant, que só estreará em 1966. No entanto, a sua estreia como autor de teatro ocorre alguns anos antes, na Comédie de Paris, e mais tarde no Théâtre Grammont, onde Pierre Valde monta La Peau du Carnassier. Desde aí nunca mais deixou de escrever textos dramáticos reconhecidos pelo público e pela crítica, que o homenageou com o Prémio Molière (2003) e o Grand Prix de Théâtre da Académie Française.

O TALHO DO LUCASO Talho do Lucas (Les Fantasmes du Boucher, no original) estreou em 1985 no Théâtre des Mathurins, com encenação do próprio autor e Gérard Caillaud no papel de Lucas. Sobre o texto, Victor Haim afirmou na Avant Scéne de Fevereiro de 1985: ‘Se me pedissem para dar um subtítulo, uma definição, a esta peça, diria que se trata de um vaudeville onírico. Trata-se de pôr em cena as dificuldades da vida em comum: uma mulher vive com um homem que passa a vida a ver televisão; ela confronta-o com isso e parte-lhe o aparelho, que é o pior que lhe poderia fazer. Depois surge outro homem na vida do casal: um actor…’.

Sobre o teatro de Victor Haim, o crítico de teatro Maurice Cury escreveu: A sua originalidade consiste no facto de aliar a farsa à tragédia, o barroco à sátira, a crítica social à exploração das almas, a imaginação delirante à distanciação. No meio da crueldade e do humor, do poder, da violência, da incompreensão, da injustiça, da humilhação, do caos do Mundo, Haim faz ouvir um grito de amor. Este tecido denso e complexo é atravessado por uma voz bastante pessoal e confere um plano particular ao teatro de Victor Haim na dramaturgia contemporânea.

Ficha artística
Tradução e cenário: Alberto Quaresma
Encenação e interpretação: Alberto Quaresma, Ana Picoito e João Maria Pinto
Coreografia: Elsa Freitas
Figurinos: Ana Coito
Fotografia: José Frade

SALA PRINCIPAL
19 a 29 JANEIRO
quinta a Sábado às 21h30
domingos às 16h00

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