O PELICANO

de August Strindberg | encenação de Rogério de Carvalho

14 SETEMBRO a 06 OUTUBRO, 2013 | SALA PRINCIPAL

A criação de O pelicano para a Companhia de Teatro de Almada representa para o encenador e reconhecido pedagogo Rogério de Carvalho (n. 1954) um duplo regresso: a um autor que abordou na sua primeira colaboração com a CTA (em 1986, quando montou A menina Júlia) e ao tema que tem prevalecido nas suas escolhas de encenação: o das relações familiares como espelho das relações sociais. Foi cumprindo essa transposição programática que o tem interessado (e que a realidade ocultamente replica), que encenou anteriormente para a CTA as peças As três irmãs, de Tchecov; Fedra, de Racine; Tio Vânia, de Howard Barker; ou O luto vai bem com Electra, de Eugene O’Neill.

Tragédia de câmara, em O pelicano “Strindberg abala os alicerces do valor da vida, fazendo emergir a ilha da morte, nos confins do oceano de humilhação e mentira” (nas palavras de Gastão Cruz, o tradutor do texto) que aqui constituem os traumas e as tensões do passado. Fazendo parte do grupo restrito de grandes escritores para quem a vida e a obra são uma e a mesma coisa, August Strindberg (1849–1912) fez de quase tudo o que escreveu uma confissão autobiográfica. O pelicano estreou em 1907 na inauguração do seu Teatro Íntimo – a pequena sala experimental de Estocolmo que o dramaturgo fundou nos últimos anos da sua vida, para aí fazer o seu teatro de texto, desligado do artifício, significante e carregado da intencionalidade dramática que define o teatro de Arte.

Intérpretes Joana Francampos, Maria Frade, Pedro Lima, Pedro Walter e Teresa Gafeira
Tradução Gastão Cruz
Cenário José Manuel Castanheira
Figurinos Mariana Sá Nogueira
Desenho de Luz José Carlos Nascimento
Caracterização Sano de Perpessac
Voz e elocução Luís Madureira

14 de SETEMBRO a 06 OUTUBRO, 2013 | SALA PRINCIPAL

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