O MANDARIM

de Eça de Queiroz | dramaturgia e encenação de Teresa Gafeira

26 NOVEMBRO, 2014 | SESIMBRA

Depois de ter abraçado o positivismo e a estética realista – de que O crime do Padre Amaro (1879) e O primo Basílio (1878) são os exemplos mais significativos -, Eça de Queiroz inaugura, com a publicação de O mandarim, em 1880, um novo período, durante o qual “o manto diáfano da fantasia” tende a cobrir grande parte dos seus projectos literários. Assim, o protagonista desta novela, Teodoro, será uma noite interpelado por um velho livro: “No fundo da China existe um mandarim mais rico que todos os reis de que a fábula ou a história contam” . Tentado pelas ambições burguesas que há muito alimentava, Teodoro porá fim à vida de Ti Chin-Fu. Mas a esperada felicidade tarda em chegar, já que o jovem amanuense vive atormentado, ora pela consciência, ora pelo fantasma do morto. Uma viagem pelo Oriente parece ser a única solução.

Eça de Queiroz (1845-1900) é um dos maiores romancistas da nossa Literatura. Para além de escritor, foi jornalista e diplomata, tendo sido cônsul em Havana, Newcastle, Bristol e Paris. Na sua obra distinguem-se três fases: a primeira, de influência romântica (até 1870, com O mistério da estrada de Sintra), a segunda, de afirmação do Realismo (1871-1880), e a terceira, aberta ao experimentalismo e à conciliação de influências diversas (nomeadamente com A cidade e as serras, 1901). Os Maias (1888), romance (ainda) de leitura obrigatória nas escolas portuguesas, está traduzido em mais de dez línguas.

Intérpretes André Alves, Catarina Campos Costa, Celestino Silva, João Farraia, Maria Frade e Pedro Walter
Cenário e figurinos Ana Paula Rocha
Luz José Carlos Nascimento
Caracterização Sano de Perpessac

SESIMBRA | 26 NOVEMBRO
DIGRESSÃO | Duração: 1h15 (aprox .) M/12

Companhia de Teatro de Almada

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