O BARBEIRO DE SEVILHA

Depois de, em Outubro, ter apresentado La traviata no TMA, a Companhia Estúdio Lírico, de Madrid, está de regresso com a ópera O barbeiro de Sevilha, ou a precaução inútil, do compositor italiano Gioachino Rossini (1792-1868). Il barbiere di Siviglia, ossia L’inutile precauzione é – com inteira justiça – uma das óperas mais amadas do bel canto italiano de Oitocentos; pois, não só são delirantemente imaginativas e divertidíssimas as tramóias que o conde de Almaviva, auxiliado pelo barbeiro Fígaro, engendra para raptar a sua amada Rosina ao velho tutor (e pretendente improvável), como é igualmente electrizante a qualidade musical da partitura, o virtuosismo vocal exigido aos intérpretes e toda a febril energia músico-dramática que revolve esta deliciosa ópera-bufa. Inspirada na peça Le barbier de Séville, do dramaturgo francês Pierre Beaumarchais, a ópera estreou-se a 20 de Fevereiro de 1816, no Teatro Argentina, de Roma.

A Companhia Estúdio Lírico, de Madrid, surge no panorama musical espanhol no ano 2003, por iniciativa da musicóloga e professora Belkis Dominguez e do encenador e tenor Lorenzo Mock. Com significativo acolhimento do público, a companhia tem apresentado os seus espectáculos nos inúmeros teatros de Espanha e Portugal. O empenho dos intérpretes e a clareza da produção cénica permitem que a companhia leve a cabo um trabalho de divulgação do mais conhecido reportório operático.

22 MAIO, 2010 | SALA PRINCIPAL