Nathan, o sábio estreia em Almada Um manifesto pela tolerância religiosa

Dia 9 de Dezembro a Companhia de Teatro de Almada estreia em absoluto no nosso País um clássico da dramaturgia mundial que é também um manifesto pela tolerância religiosa: Nathan, o sábio, do iluminista alemão Gotthold Lessing, com encenação de Rodrigo Francisco.

in rostos.pt30 nov 2017

O espectáculo conta nos principais papéis com Luís Vicente, Maria Rueff, João Tempera, Guilherme Filipe, entre outros. Vai estar em cena no Teatro Municipal Joaquim Benite de 9 a 17 de Dezembro, sendo depois reposto de 12 a 28 de Janeiro.

Estamos na Jerusalém do século XII, onde vive o judeu (e rico comerciante) Nathan, a quem o povo chama “sábio” pela inteligência, generosidade e ponderação que emprega em todas as suas acções. Ao regressar de uma das suas muitas viagens, Nathan é surpreendido com a notícia de que a sua casa ardeu e que, por pouco, a sua filha adoptiva não morria no incêndio. A jovem fora salva, in extremis, por um misterioso cavaleiro templário, que tinha sido feito prisioneiro pelo Sultão Saladino, governador da cidade, e a quem este poupara (inexplicavelmente) a vida.
E eis os três representantes das três religiões abraâmicas: judaísmo, cristianismo e Islão.
Ao encontrar-se finalmente com o Templário, que se esquivava a quaisquer agradecimentos, Nathan consegue convencê-lo a encontrar-se com a sua filha, que se tinha fixado na ideia de ter sido salva por um anjo. E o segundo encontro entre os dois jovens resulta num amor inevitável, que já se fazia prever nas insinuações da ladina Daja, a ama cristã da jovem judia.
Só que existe um obstáculo a esta união: um segredo de muitos anos, que esconde a (trágica) razão da sapiência de Nathan, e que revela que os laços que uniam os representantes das três religiões eram, afinal, muito mais fortes do que o que se julgara à partida.

Filósofo, teólogo e dramaturgo alemão, Gotthold Ephraim Lessing é um dos principais representantes do Século das Luzes na Alemanha. Com uma escrita precisa e clara, encontra-se próximo do cepticismo de Voltaire, sendo um defensor da tolerância. A sua dramaturgia, uma das mais célebres do seu tempo, é composta tanto por comédias como por dramas, e debruça-se principalmente sobre os temas da religião, do lugar das mulheres na sociedade e do patriotismo.

Intérpretes André Gomes, André Pardal, Guilherme Filipe, João Farraia, João Tempera, Leonor Alecrim, Luís Vicente, Maria Rueff e Tânia Guerreiro
Tradução Yvette K. Centeno
Cenografia Pedro Calapez
Figurinos António Lagarto
Luz Guilherme Frazão
Som Miguel Laureano

TEATRO MUNICIPAL JOAQUIM BENITE | SALA PRINCIPAL | M/12
09 a 17 DEZ | QUA a SÁB às 21H e DOM às 16h
PREÇO: 6,5€ a 13€ (Clube de Amigos: entrada livre)
RESERVAS: +351 212 739 360
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