Conversa com o público sobre Morte de um caixeiro-viajante

Morte de um caixeiro-viajante é a nova criação da Companhia de Teatro de Almada a propósito da qual se organiza um ciclo de quatro Conversas com o público nos sábados 14, 21 e 28 de Abril e também no dia 5 de Maio.

Colóquio Morte de um caixeiro-viajanteA primeira reúne à mesma mesa a equipa criativa envolvida na concepção do espectáculo: o encenador Carlos Pimenta, o artista audiovisual João Pedro Fonseca, o desenhador de luz Rui Monteiro e todo o elenco. Arthur Miller considerou que esta peça foi “a mais empática” que alguma vez escreveu e não hesitou em compará-la a uma “espécie de invenção”, pelo facto de propor o cruzamento em palco, em tempo real e diante dos nossos olhos, do passado e do presente de Willy Loman, o caixeiro-viajante que é obrigado a confrontar-se com a mediocridade da vida que construiu e com o fracasso dos sonhos que projectou nos seus filhos. Que desafios colocou esta estrutura dramática à equipa criativa? E por que razão continua esta peça a despertar a nossa “empatia”, quase 70 anos volvidos desde a sua estreia? No texto que escreveu para o último número dos Textos d’Almada, Carlos Pimenta (que aborda pela primeira vez a obra de Arthur Miller) levanta uma mão-cheia de perguntas – as perguntas que todos devemos ter em mente quando assistirmos a este espectáculo. “Como se medem os sonhos? Quanto vale um homem? Porque anda o mundo tão depressa que não o conseguimos apanhar? Porque é que nos sentimos sozinhos se há cada vez mais gente? Como resolver tudo isto?” É chegada a altura de lhas devolvermos.

Ângela Pardelha
In CTA 12 Abr 2018

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