MEMÓRIA DOS ANJOS

concepção e direcção artística de Catarina MOLDER | encenação de Jorge RODRIGUES

29 e 30 OUTUBRO, 2010 | SALA PRINCIPAL

Recital cénico com Cabaret, Ópera e fado
para canto, piano e vídeo
Catarina Molder / Jorge Rodrigues / Noé Sendas

Este recital cénico não só cruza múltiplas áreas artísticas procurando novos formatos para o tradicional recital de canto e piano, como conjuga repertórios e linguagens musicais a priori tão opostas como a ópera, o cabaret e o fado.
Partindo da grande atracção entre os opostos, como princípio unificador, pretende-se desvendar as ligações possíveis e aparentemente ocultas destas diversas linguagens musicais, plásticas e cénicas, homenageado grandes momentos e grandes intérpretes/anjos que marcaram o kabarett, a ópera e o fado.
O Canto como uma libertação superior, a sublimação dos nossos gritos, dores, alegrias e desesperos que uma cantora desenvolve num percurso iniciático, perseguida por um mundo de imagens e sombras de um cenário vivo, projectado num amplo espaço nocturno.
A fé religiosa de Puccini passa em queda vertiginosa para a “perdição” com trechos da ópera Lulu de Alban Berg e da Cantata Fausto de Schnitke, com a provocação e sensualidade cruas do kabarett alemão, nas canções de Kurt Weill, Schönberg e Hollaender e a doce melancolia do fado.

A soprano Catarina Molder nasceu em Lisboa.
Possui o curso superior de canto pela Escola Superior de Música de Lisboa e pós-graduação em canto pela Hochschula für Musik und Theater de Hamburgo, como bolseira do Governo alemão e da Fundação Calouste Gulbenkian.

Catarina Molder tem uma extensa experiência performática, num repertório que vai de Mozart a Puccini e de Alban Berg a Berio. Move-se com muita agilidade de um repertório mais lírico a um repertório de teatro musical como o muscial americano, o kabaret alemão ou de música contemporânea. Participando em diversos espectáculos musciais inovadores, que combinam reperórios tão opostos como a ópera, o kabarett, o fado, o jazz e outros géneros musicais, pretende trazer o mundo lírico a uma forma mais eclética de comunicar com novos públicos.

Participou em diversas produções de ópera: Fidalma (Teatro Nacional de São Carlos, 2000), Doctor Fausto in Nefertiti, ópera contemporânea de José Júlio Lopes (Teatro da Trindade, 2000), Geraldina (A Hand of Bridge, Samuel Barber, 2001) mãe, casinha de Chocolate (Teatro da Trindade, 2003), Musetta (Teatro Micaelense, 2005) Susanna (Cine-Teatro Castelo Branco), Suor Angélica (Teatro Aveirense, 2008).
Participou em diversos recitais com piano e música de câmara e galas de Ópera no Festival Internacional de Música de Macau e nos principais Festivais de música portugueses como o Festival Internacional de Música de Leiria, Festival Internacional de Música de Coimbra, Festival de Música da Guarda, Festival Music-Atlântico nos Açores.

Também concebeu, produziu e participou em diversos projectos de ópera e de artes performativas. Encomendou uma nova versão portuguesa e para agrupamento de câmara da ópera Hänsel und Gretel (Teatro da Trindade, 2003), a ópera de câmara A Hand of Bridge de Samuel Barber, apresentada no bar Lux, em Lisboa (2001) o espectáculo operático Chez Castafiori (2002) que foi em digressão pelo país, o recital para crianças Universo da Infância, em digressão de 2000-05 por todo o pais. Fez diversas gravações para a rádio difusão portuguesa e diversos concertos com as principais orquestras portuguesas sob a direcção de João Paulo Santos, Jorge Matta, Cristopher Bochmann, Cesário Costa, Osvaldo Ferreira e Félix Krieger.

Personificando uma abordagem eclética e transversal à performance lírica, Catarina Molder estende o seu interesse à áreas da direcção artística. Em 2005 é convidada pela Fundação Calouste Gulbenkian para conceber e dirigir o projecto educativo Descobrir a Música na Gulbenkian e dirigir artisticamente uma mini-temporada de espectáculos encenados e ópera para crianças.

Em 2008 Funda a Companhia de Ópera do Castelo em Lisboa, com uma intensa actividade desde então. Participou ainda como narradora e solista em concertos comentados para crianças com a Orquestra Metropolitana e a Orquestra Gulbenkian.

Em 2009 concebe e interpreta o livro/CD “Vamos Cantar os Clássicos”, de divulgação da canção erudita ao público mais jovem, pela editora Leya.
Revelando um grande interesse por espectáculos performativos experimentais e inovadores, participou em diversos espectáculos de dança, teatro e espectáculos musicais para crianças e adultos.
Projectos futuros incluem a ópera de câmara Jeremias Fisher e suor Angélica em Lisboa e a gravação do CD Memórias dos Anjos com canções de cabaret e fado.

A COMPANHIA DE ÓPERA DO CASTELO
A Companhia de Ópera do Castelo pretende desenvolver projectos musicais, concertos encenados e ópera com formatos flexíveis e inovadores a partir de propostas artísticas e estéticas que cruzem a tradição com a contemporaneidade. Apostando na interdisciplinaridade de expressões artísticas e de « géneros musicais, conjugando repertórios tão opostos como a ópera, o cabaret, o fado, o jazz ou o rock, com uma preocupação pedagógica e social, propomos novas atitudes na procura de um novo paradigma para o universo lírico, no século XXI.
O nosso lema é levar ópera e a música erudita para junto do público em geral aliando criatividade, ecletismo a uma eficaz economia de meios.

Em apenas um ano de existência a companhia desenvolveu uma residência no Castelo de São Jorge com uma programação muito intensa desenhada exclusivamente para o referido monumento, composta por visitas e contos musicais, concertos variados, concertos encenados e happenings musicais variados.
Concebeu, produziu e levou em digressão pelo país o concerto encenado “Memória dos Anjos”, da fé à perdição só vai um passo e os espectáculos musicais para público Jovem “Brincadeiras Líricas” e “A Bruxa Cati”. Ainda apresenta pela primeira vez fora de França a ópera para público familiar “Jeremias « Fisher” no Centro Cultural de Belém em Lisboa e no Teatro Carlos Alberto no Porto.

IMPRENSA
Catarina Molder fez uma escolha irresistível de repertório e captou a essência do cabaret musical e literário. Da Turandot ao Anjo Azul, de Schönberg a Kurt Weill, de Marlene a Amá1lia Rodrigues, afirmou-se uma genuína actriz e uma cantora em grande forma, com o piano cúmplice de Nuno Barroso e a encenação maliciosa de Jorge Rodrigues. A Memória dos Anjos é um grande espectáculo, que apetece ver e ouvir mais vezes.
Alexandre Delgado, Compositor, músico, musicólogo, maestro e crítico

“(…) Com o mote “da fé à perdição só vai um passo”, Catarina Molder arquitectou um original tributo a alguns momentos históricos e às grande intérpretes, aos “anjos” e divas como Marlene que, no século passado marcaram o cabaré germânico.
(…) um “show” de formatos variados num frenético “patchwork”. A aventura musical-plástica-cénica iniciou-se com uma ária da Turandot de Puccini que evocou a figura de Fanny Ardant em Callas Forever, de Zeffirelli. Viajou-se ao lado boémio da noite com a provocação de “Ich Bin ein Vamp!” de Spoliansky, e “The Saga of Jenny”, de Kurt Weill e Ira Gershwin. Recriou-se a sensualidade de “Ich Bin von Koppf bis Fuss auf Liebe eingestellt”, do Anjo Azul, de Sternberg. Sempre a sugerir que se estava nos bastidores do Cabret de Bob Fosse, a cantora interpretou com charme e vervetemas célebres, metendo pelo meio uma homenagem à ópera /da Lulu, de Berg e da cantata Fausto, de Schnitke), ao fado (“É noite na Mouraria”) e ao universo mais “erudito” de Schönberg e Britten.(…)
4 estrelas
Ana Rocha
, Expresso, 31 de Maio 2008

O que é fundamental é levar a que esses jovens e crianças possam ter boas e decisivas experiências neste género de espectáculo de forma a quererem repetir a dose e isso possa ser algo que eles gostem e os faça sentir bem.
Catarina Molder em entrevista por Bruna Pereira, Fórum Estudante, 8 de Junho 2010

(…) um espectáculo pouco usual. Um risco bom que “da fé à perdição só vai um passo”. (…) põe à mistura a sedução do cabaret, a emoção da ópera e a melancolia do fado.
Público.pt

Ficha Técnica
Concepção e direcção artística – Catarina MOLDER
Encenação – Jorge RODRIGUES
Vídeo – Noe SENDAS
Figurinos – Helena MEDEIROS
Desenho de Luzes – Paulo GRAÇA
Arranjos musicais (fados) – João BENGALA
Interpretação – Catarina MOLDER , soprano e Nuno BARROSO, piano

29 e 30 OUTUBRO, 2010 | SALA PRINCIPAL

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