‘Liliom ou a vida e morte de um vagabundo’ no 35.º Festival de Almada

A apresentação de 'Liliom ou a vida e morte de um vagabundo', posta em cena pelo dramaturgo e encenador francês Jean Bellorini, pauta hoje a programação do 35.º Festival de Teatro de Almada.

in Cultura ao minuto, 09 jul 2018 notícia online

‘Liliom ou a vida e morte de um vagabundo’ é um texto do autor húngaro Ferenc Molnár (1878-1952), que emigrou para os Estados Unidos, onde morreu, para escapar da perseguição nazi.

A peça sobe ao palco da sala principal do Teatro Municipal Joaquim Benite, às 21:00.

O dramaturgo e encenador francês Jean Bellorino (1981), que em 2014 recebeu dois prémios Molière, dirige esta peça que o Théâtre Gérard Philipe — Centre Dramatique National de Saint-Denis leva a Almada.

‘Liliom’, que o realizador austríaco Fritz Lang adaptou para o cinema em 1934, estreou-se em França em 2013 após o que tem andado em digressão por vários teatros franceses, incluindo o Odéon — Théâtre de l´Europe, segundo a Companhia de Teatro de Almada (CTA), anfitriã do certame.

A ação deste espetáculo — que repete na terça-feira, às 19:00 e que, segundo o diretor da CTA, “é uma peça cheia de alegria” — falado em francês com legendas em português decorre numa feira popular e conta a história de Liliom, um vagabundo cheio de sonhos e de amor para dar.

Hoje é também o primeiro dia do ateliê “O Sentido dos mestres” que este ano é dirigido pela bailarina e coreógrafa Olga Roriz.

Às 18:00 de terça-feira, na Esplanada da Escola D. António da Costa, Jean Bellorini vai estar à conversa com o público.

O ponto alto de terça-feira deverá ocorrer, segundo Rodrigo Francisco, quando a companhia belga Transquinquennal subir ao palco grande da Escola D. António da Costa para apresentar “Philip Seymour Hoffman, por exemplo”, um texto do ator e dramaturgo argentino Rafael Spregelburd.

Nesta encenação coletiva do encenador que já marcou presença em edições anteriores do certame com peças como “A estupidez”, cinco atores belgas vão representar 45 personagens.

E se por um lado esta comédia não tem uma relação direta com o ator e diretor de teatro norte-americano que morreu em fevereiro de 2014, por outro numa das histórias do espetáculo especula-se sobre como seria se os produtores do filme que o ator norte-americano se encontrava a gravar quando morreu decidissem terminar a obra recorrendo a um avatar a três dimensões do ator.

Ainda no dia 10, o festival propõe ainda as peças ‘Final do amor’, no Teatro-Estúdio António Assunção, e ‘Bonecos de luz’, na sala experimental Teatro Municipal Joaquim Benite, ambos em Almada, e, em Lisboa — cidade onde alguns teatros acolhem o certame – ‘Colónia Penal’, no Teatro de Bairro, e ‘Nada de mim’, no Teatro da Politécnica.

Ainda na terça-feira, o público pode ainda assistir a um concerto pelo grupo Rini & Bastolini, numa homenagem a Nino Rota.

Vinte e quatro produções, nove das quais portuguesas e 15 estrangeiras, 11 concertos de entrada livre e quatro espetáculos de rua preenchem a edição deste ano do Festival de Almada, a decorrer de 04 a 18 de julho, em vários espaços da cidade de Almada em algumas salas de teatro de Lisboa.

A programação “possível”, nas palavras do diretor do Festival e da Companhia de Teatro de Almada (CTA), anfitrião do certame, num ano em que o apoio atribuído pela Direção-Geral das Artes (DGArtes) à CTA, que inclui a verba para a produção do Festival, sofreu “um corte de 25% do total”, frisou.

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