HIPPOLYTE

de Robert Garnier | encenação de Robert Cantarella

05 e 06 JULHO, 2008 | SALA PRINCIPAL

A sombra de Egeu regressa do reino dos mortos e anuncia as infelicidades que a sua descendência conhecerá. Sem o saber, o seu neto Hipólito confirma estes inquietantes presságios ao contar um pesadelo que tivera na véspera. Fedra está consumida de amor pelo seu enteado Hipólito, filho de Teseu e de Antíope, rainha das amazonas. A Ama tenta dissuadi-la dessa paixão, sem sucesso. Face a tal obstinação, a Ama cede e tenta aproximar-se de Hipólito, que lhe dá conta da sua vida solitária e da sua falta de interesse pelas mulheres. Fedra acaba por declarar-se a Hipólito, que fi ca horrorizado e foge. A Ama apodera-se da espada que Hipólito deixa cair na fuga e tenta provar que o jovem agrediu a madrasta. Regressado dos Infernos, Teseu escuta da boca de Fedra que Hipólito tentou violá-la. Como vingança, o Rei pede a Neptuno que puna o seu próprio filho. Horrorizada com o que fez, a Ama mata-se, e um mensageiro conta a Teseu a morte de Hipólito. Fedra confessa a sua culpa e mata-se. A peça termina com Teseu, ‘cego de fúria’, a renunciar à morte.

Robert Garnier (1544-1590) é considerado o primeiro tragediógrafo francês. Inspirado na Fedra de Séneca, a tragédia Hippolyte foi escrita durante a quarta guerra religiosa e foi publicada em 1573, sendo o primeiro texto em França a tratar o tema desse célebre amor incestuoso. Modernamente, a peça foi encenada por Antoine Vitez em 1982, em alternância com Orfeu, a ópera de Monteverdi.

Robert Cantarella formou-se nas Belas Artes de Marselha e frequentou o curso de Antoine Vitez na escola do Teatro Nacional de Chaillot. Na sua actividade de encenador tem abordado textos tanto de autores contemporâneos (Christophe Huysman, Noëlle Renaude e Michel Vinaver) como de autores clássicos (Cervantes, Shakespeare, Tchecov…). No Festival de Avignon apresentou em 1992 Le Siége de Numance, de Cervantes; em 1993 L’Homme nu, de Roland Fichet, e Murder, de Philippe Minyana; e em 1996 Domaine public. Actualmente é co-director do 104 – Établissement artistique de la Ville de Paris, que abrirá as portas em 2008.

Intérpretes Frédéric Fisbach, Johanna Korthals Altes, Laure Mathis, Nicolas Maury, Grégoire Tachnakian, Emilien Tessier, Robert Cantarella
Cenário e luzes Laurent P. Berger
Vídeo Victor Dos Santos
Colaboração na encenação Julien Filera
Dramaturgia Camille Louis
Versão para a cena Robert Cantarella, Julien Filera, Camille Louis
Música Alexandre Meyer
Direcção geral François Gautier-Lafaye

SALA PRINCIPAL
5 e 6 JULHO
Língua francês (legendado em português)
Duração 1h15

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