Fuga para o abismo: o tempo e o dinheiro

As Conversas com o público prosseguem no próximo sábado, dia 8, às 18h, no foyer do TMJB com Mariana Mortágua e Sara Barros Leitão.

Tudo converge para o nada? Pelo menos assim parece ser com o tempo, que se esgota sem travão nesta viagem a que chamamos vida. Ou com o dinheiro, que se evapora subitamente quando a crise escalda ou que se esconde à sombra dos «oásis» aonde o levam. Nesta terceira conversa vamos partir desta estranha familiaridade entre substâncias que usualmente tomamos por garantidas, seguras nas certezas que nos dão. O relato de um banco que mascarou as suas contas para celebrar um «noivado» com investidores, que esta peça retoma por sua conta na sua segunda parte, serve para discutir as (auto-)ilusões de uma economia de crescimento sem limites. Nem sequer o nosso tempo é infinito, como se vê logo na secção de abertura desta peça. Para vincar as interpelações que esta peça dirige à nossa realidade, teremos connosco Sara Barros Leitão, actriz e encenadora, e Mariana Mortágua, economista e deputada.
Bruno Monteiro

Mariana Mortágua (Alvito, 1986) É economista e deputada pelo Bloco de Esquerda.
É licenciada e mestre em Economia, pelo ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, tendo terminado doutoramento em Economia na School of Oriental and African Studies (SOAS) da Universidade de Londres. Ganhou particular visibilidade na política portuguesa, após o seu desempenho no inquérito parlamentar a Zeinal Bava e a Ricardo Salgado, no âmbito da ruína do banco BES.
Mortágua interessa-se por diversas causas humanitárias, destacando-se os direitos das mulheres e os direitos LGBT. Acerca deste tema, Mariana disse em entrevista à Capazes que «nos dias de hoje as marchas viram “o sistema capitalista apropriar-se das questões LGBT e hoje as gay parades já não são marchas políticas, são marchas publicitárias”, ao contrário do início quando eram uma “causa contra o capitalismo”.»

Sara Barros Leitão (Porto, 1990) Formou-se em Interpretação pela Academia Contemporânea do Espectáculo e iniciou a licenciatura de Estudos Clássicos na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Trabalha regularmente em televisão, cinema e teatro. Presentemente, trabalha como actriz, criadora, encenadora, assistente de encenação e dramaturga.
Feminista, activista por todas as desigualdades ou injustiças, incoerente e a tentar ser melhor, revolucionária quanto baste, artista difícil de domesticar. Usa o espaço de cena, o papel e a caneta como se fosse uma caixa de fósforos e um bidão de gasolina, ou um megafone para contar a história dos esquecidos.

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in CTA 04 Fev 2020

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