FRONT LINE / LENTO PARA QUARTETO DE CORDAS / CANTATA

coreografias de Henri Oguike, Vasco Wellenkamp e Mauro Bigonzetti | COMPANHIA NACIONAL DE BAILADO

03 MAIO, 2008 | SALA PRINCIPAL

FRONT LINE Henri Oguike
LENTO PARA QUARTETO DE CORDAS Vasco Wellenkamp
CANTATA Mauro Bigonzetti

FRONT LINE estreia na CNB
Coreografia HENRI OGUIKE
Remontagem Coreográfica NUNO SILVA
Música DMITRI SHOSTAKOVICH, Quarteto de Cordas nº 9 EB maior op.117
Interpretação Musical QUARTETO VIANNA DA MOTTA
Desenho de Luz GUY HOARE
Figurinos LILIANA MENDONÇA

Estreia mundial 31 de Janeiro de 2002, British Dance Edition, Birmingham.

Com estreia mundial em Birmingham, pela British Dance Edition em 2002, Front Line é uma criação de Henri Oguike inspirada no Quarteto de Cordas nº 9, de Shostakovich, que será interpretado ao vivo pelo Quarteto Vianna da Motta. Para este bailado foram utilizados três dos cinco andamentos que compõem esta obra: Allegretto, Adágio e Allegro.

Os estados de espírito alteram-se constantemente, os instrumentos soltam gritos agudos como animais e empreendem danças selvagens e ritmadas. Por todo o lado se faz sentir a ira seguida de indiferença.

Oguike cria esta estupenda peça com pinceladas densas e leves. Enormes pés barulhentos alternam com breves salpicos de pulso: há súbitos e amplos abraços e vacilantes desmaios, saltos impetuosos e delicados arrepios.
Dancing Times

Tal como a música, esta coreografia expressa emoção, sem cair no sentimentalismo. Há um sentido de luta e de um espírito vivo. Periódica e inesperadamente os bailarinos sucumbem em grupo, no chão. Abatidos na linha da frente? Derrotados pelas suas vicissitudes? Ou em termos de puro movimento, o completo desprendimento relativamente a anteriores situações frenéticas e de tenção.
Lynsey Winship

LENTO PARA QUARTETO DE CORDAS Estreia Absoluta, CNB, 3 de Abril de 2008
Coreografia VASCO WELLENKAMP
Música ANTON WEBERN, Movimento lento para quarteto de cordas
Desenho de Luz VASCO WELLENKAMP e CRISTINA PIEDADE
Figurinos LILIANA MENDONÇA
Cenário RICARDO VAZ
Ensaiadora MARIA PALMEIRIM

O registo Lírico da Langsamer Satz für Streichquartett (movimento lento para quarteto de cordas) de Anton Webern e as emoções que nos transmitiu, a mim e aos bailarinos Peggy Konic e Rui Alexandre conduziu-nos na totalidade do acto criativo.

Viver fisicamente a música pode ser a mais sublime das emoções.
Foi o que procuramos movendo-nos dentro do seu canto e das imagens que a Dança nos ofereceu.
Lisboa, Março 2008
Vasco Wellenkamp

Anton Webern Música
Nasceu em 1883 em Viena. Entre 1902 e 1906 estudou Musicologia em Viena. Em 1904 estudou Composição com Arnold Schönberg, terminando o estudo regular em 1908, mas mantendo-se em contacto com o seu antigo professor e com Alban Berg.
Enquanto intérprete iniciou-se como maestro em Viena e, posteriormente a 1911, trabalhou frequente-mente na Alemanha e na Áustria. Depois de servir militarmente na Primeira Guerra como voluntário, integrou o agrupamento Verein für Musikalische Privataufführungen fundado por Schönberg. Em 1922 dirigiu os Concertos Sinfónicos para Trabalhadores em Viena e, mais tarde, o Coro da Sociedade Coral para Trabalhadores da mesma cidade. Depois de 1935, quando foi proibido de exercer quaisquer actividades, exilou-se em Mödling. Com o fim da Segunda Guerra mudou-se para Mittersill, a Oeste da Áustria, onde foi acidentalmente morto por um soldado americano a 15 de Setembro de 1945.
Webern é justamente considerado um clássico da música do século XX. A profunda originalidade da sua arte, a grande resolução com que terminava cada uma das novas obras deu um forte impulso à música do nosso tempo. O seu génio é reconhecido até pelos detractores do dodecafonismo. Stravinski, numa fase final, por exemplo, estava preparado para aceitar Webern e a ele devemos a célebre frase «Condenado a um fracasso total por um mundo surdo de ignorância e indiferença ele (Webern) continuou a lapidar os seus diamantes, os seus diamantes brilhantes, de cujas minas ele detinha o conhecimento máximo.»

FRONT LINE / LENTO PARA QUARTETO DE CORDAS / CANTATACristina Piedade desenho de luz
Nasceu em Lisboa, em 1967. Estudou iluminação em Portugal, Espanha e Estados Unidos. Leccionou em Portugal, Inglaterra e Finlândia.
Directora técnica, programadora, operadora, colaboradora técnica e desenhadora de luz, de inúmeros espectáculos e festivais, desde o teatro à dança, passando pela música, os quais foram apresentados em toda a Europa, Brasil, Estados Unidos, e Austrália.
Desde 1988, que colaborou com os mais diversos coreógrafos e encenadores, entre os quais se desta-cam, Clara Andermatt, Vera Mantero, António Feio, José Laginha, João Fiadeiro, Sílvia Real, Sofia Neuphard, Rui Nunes, Madalena Vitorino, Fiona Wright, Howard Sonenklar, Jessica Levy, Joana Providência, João Fiadeiro, Margarida Bettencourt, Nigel Chernock, Miguel Pereira, Filipa Francisco, Paula Castro, Carlota Lagido, Teresa Prima, João Galante, Paulo Henrique, Lúcia Sigalho, Rui Lopes Graça, Paulo Ribeiro, Aldara Bizarro, Francisco Camacho, Olga Roriz, entre outros.
Das criações de luz para dança e teatro destacam-se: O Cansaço dos Santos de Clara Andermatt, O Sorriso da Gioconda, Leonardo, Puro Sangue/Mulheres e Realidade Real de Lúcia Sigalho, Encaramelado de Aldara Bizarro, Um golpe de sorte numa mera crise não é suficiente, Babilónia de Teresa Prima/João Galante, Espiões Agentes Duplos e outros carácteres suspeitos de João Galante, Carlota Lagido e Filipa Francisco, Ever Wanting de Paula Castro, Terra Plana e Minimally Invasive de Paulo Henrique, Primeiro nome, Le (baseado no desenho original de Miran Sustersic), D.São Sebastião, Gust, More, e À Força de Francisco Camacho, e em co-criação, Apetite, Pop Corn de António Feio, Conversas da treta de António Feio e José Pedro Gomes, Ao Vivo e Comédia Off de Paulo Ribeiro, Jump-up-and-Kiss-me, Confidencial, O Amor ao canto do bar vestido de negro e Pedro e Inês de Olga Roriz, entre outros.
É actualmente Directora Técnica da Companhia Nacional de Bailado.

FRONT LINE / LENTO PARA QUARTETO DE CORDAS / CANTATALiliana Mendonça figurinos
Natural do Estoril, formou-se como bailarina na Escola de Dança do Conservatório Nacional de Lisboa.
Posteriormente, ingressou na Escola Superior de Dança onde conclui os estudos no Ramo de Espectáculo.
A partir de 1998 integra o elenco da Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo, onde dança coreografias de: Gagik Ismalian, Rita Judas, Nathaly Bar, Nils Christe, Henri Oguike, Darshan Singh Buhll, Rui Lopes Graça, Barbara Griggi e todo o repertório coreográfico de Vasco Wallenkamp para a CPBC. Em 1999 faz a sua primeira criação de figurinos para a coreografia – Tempo Suspenso de Vasco Wellenkamp. No ano 2000 cria os figurinos para duas estreias mundiais Seen of Angels dos coreógrafos Henry Oguike e Vozes de Criança de Vasco Wallenkamp.
Em 2001 desenha os figurinos para as seguintes coreografias; Sinfonia de Requiem, Preludio à Sesta de um Fauno e Labirinto de Vasco Wa-llenkamp. Of Death and Stillness de Henri Oguike, Cidades Invisíveis de Jean Paul Bucchieri, Arena de Rui Lopes Graça, Imaginário de Sofia Silva, Zin de Nils Christe, Capricho de Tíndaro Silvano; Cenas Infantis e Azul de Rita Judas.
Em 2002 criou figurinos para os seguintes trabalhos; Devaneios Flutuantes de Ana Rita Barata e Trio Luisa Amaro, Duo Apassionato de Vasco Wallenkamp, Source de Darshan Singh Bhull , Misterioso de Vasco Wallenkamp e D.Quixote (extractos) para a Escola de Dança do Conservatório Nacional.
Em 2003 cria os figurinos das coreografias: Missa e A Lua vai no Céu com um Menino pela mão de Vasco Wallenkamp; High Octane de David Fielding e Honori Perpatimatta de Rita Judas. Neste mesmo ano colaborou ainda como figurinista no projecto; Um Corpo que Dança de Sofia Silva.
Em 2004 desenha os figurinos da coreografia Amar Amália de Vasco Wallenkamp, para a CPBC.
No ano de 2005 é convidada para criar os figurinos do bailado Gestos de Filigrana de Vasco Wa-llenkamp para a Companhia Nacional de Bailado. Ainda no mesmo ano para a CPBC cria os figurinos para os trabalhos Dois Tempos de Vasco Wellenkamp e Família Tavares de Jan Linkens.
Em 2006 criou os figurinos dos bailados, Do Outro Lado de Rui Lopes Graça e Eurídice e o Instante de Vasco Wallenkamp.
Em 2007 desenha os figurinos do bailado Sete Sonhos de Pássaros de Vasco wallenkamp para a CPBC com estreia em Nova Iorque.

CANTATA estreia na CNB
Coreografia MAURO BIGONZETTI
Remontagem coreográfica CARLOS PRADO
Arranjo musical GRUPPO MUSICALE ASSURD a partir de música original e tradicional do sul de Itália
Figurinos HELENA MEDEIROS
Desenho de Luz CARLO CERRI

A Companhia Nacional de Bailado apresenta a versão revista por Mauro Bigonzetti para o Aterballetto, depois da estreia mundial no Ballet Gulbenkian, em 2001.
Cantata é uma coreografia plena das cores vibrantes, típicas do Sul de Itália. Os gestos apaixonados e viscerais evocam um tipo de beleza mediterrânica e selvagem. Uma dança instintiva e vigorosa explora as várias facetas da relação entre homem e mulher: sedução, paixão, querelas, ciúme.

Cantata rende homenagem à cultura e tradição musical italianas, uma criação popular, no sentido mais elevado do termo. Utiliza música italiana dos séculos XVIII e XIX, desde as canções de embalar ao Salentine pizziche e às serenatas napolitanas. Neste bailado, criado a partir de um encontro inesperado com um grupo de músicos de Nápoles e Puglia, a dança e a música misturam-se e interligam-se.
Mauro Bigonzetti

SALA PRINCIPAL
3 MAIO
Duração 0h00

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