Frei Fernando Ventura: “Pensar é um delito de opinião, precisamos de gente delituosa”

Frei Fernando Ventura, frade franciscano capuchinho, foi o protagonista da Conversa com o público do sábado passado, a propósito do espectáculo Nathan, o sábio

Frei Fernando Ventura: <I>“Pensar é um delito de opinião, precisamos de gente delituosa”</i> Foram muitos os espectadores que acorreram ao foyer do Teatro Municipal Joaquim Benite, para ouvir o frade capuchinho sobre o diálogo inter-religioso. Tema lançado a propósito do texto clássico de Gotthold Ephraim Lessing, em exibição até dia 28 de Janeiro.

Frei Ventura começou por explicar que “nem o judaísmo nem o cristianismo são religiões, são propostas de relação”. Sempre polémico e problematizante, Frei Ventura continuou: “Com tanta gente a pecar há tanto tempo já é difícil falar do pecado original”. Afirmou ter “medo de todas as religiões: desportivas, políticas, religiosas” e, numa linguagem que o próprio considerou vulgar, desculpando-se, declarou: “Prefiro as galdérias às virgens recauchutadas”. Foi num tom sempre muito informal e provocador que Frei Ventura continuou a responder às questões que Ângela Pardelha (moderadora do debate) e algumas pessoas do público lhe colocaram. A título de conclusão declarou: “Este texto é um espectáculo de provocação”.

As Conversas com o público, sobre Nathan, o sábio terminam no próximo sábado com os convidados Padre Anselmo Borges (padre e professor de Filosofia da Universidade de Coimbra) e Khalid D. Jamal (co-dirigente da Comunidade Islâmica de Lisboa).

In CTA 23 Jan 2018

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