Festival Internacional de Almada homenageia cineasta Artur Ramos

O 22º Festival Internacional de Teatro de Almada, de 4 a 18 de Julho, homenageará o cineasta português Artur Ramos e trará pela primeira vez a Portugal a Odéon – Teatro de Europa, de França, foi hoje anunciado na cerimónia de lançamento do evento.

Durante duas semanas, 23 grupos, onze dos quais portugueses, vão apresentar 26 produções de teatro, dança, poesia e mímica. Espanha, França, Itália, Canadá, Colômbia, Brasil e Argélia são, para além de Portugal, os países representados no evento.

Joaquim Benite, director da Companhia de Teatro de Almada (CTA), justifica o tributo a Artur Ramos – encenador, realizador de cinema e televisão, ensaísta e tradutor – considerando que é “um exemplo de qualidade artística, escrupulosa seriedade e permanente energia”.

Dedicado este ano à poesia, o Festival de Almada – uma organização conjunta da CTA e da Câmara – está orçado em cerca de 500 mil euros e inclui iniciativas em 13 espaços distintos de Almada e Lisboa

O festival começa e termina com dois recitais de poemas de autores nacionais. No dia 4, o actor João Grosso dará voz a “Manucure”, de Mário de Sá-Carneiro. A CTA estreia, no dia 18, “Num Bairro Moderno”, um recital de poesia de Cesário Verde intercalado com árias de compositores modernistas portugueses.

O ciclo de estreias no festival será preenchido com três espectáculos de agrupamentos portugueses: “Music-Hall”, de Jean Luc-Lagarce, pelos Artistas Unidos; “Os Guardas do Museu de Bagdad”, de José Peixoto, pelo Teatro dos Aloés; e “A Rainha Viva”, de Henry Montherlant, com encenação de Suzana Borges.

Actuando pela primeira vez em Portugal, a companhia residente do Odéon – Teatro da Europa, inaugurado em 1782, apresentará, entre os dias 12 e 14, “A Rosa e o Machado”, uma adaptação que o dramaturgo e encenador italiano Carmelo Bene fez da peça “Ricardo III”, de William Shakespeare, e que estreou em França no ano passado.

16.06.2005 – 16h24 Lusa
in Público, 16 jun 2005

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