Economia e felicidade

A próxima Conversa com o público é dedicada ao tema Economia e felicidade e realizar-se-á no sábado, dia 21 de Abril, às 18h. Contará com a presença da jornalista Helena Garrido e também de Carlos Pimenta, responsável pela encenação de Morte de um caixeiro-viajante.

Que sentido faz reduzir a vida à procura constante de rendimentos mais elevados? Que sentido faz passar os dias a ganhar cada vez mais dinheiro para, em seguida, torrar a fortuna nas compras ou amealhar as poupanças nos bancos? Por que razão depende o sucesso da propriedade? E por que razão, na cultura ocidental, o sucesso se mede através da comparação com os outros? Estas e outras perguntas estão no centro de Morte de um caixeiro-viajante, o texto de Arthur Miller que a Companhia de Teatro de Almada leva à cena e cujos referentes originais se relacionam com os efeitos do capitalismo financeiro na realidade americana, em meados do século passado. Mas a verdade é que os problemas se mantêm, em pleno século XXI. Apesar da pujança da sua economia, que continua a caracterizar-se por um dos mais elevados rendimentos per capita, os EUA não têm sido capazes de impedir a perda de posições nos rankings que ordenam os países mais felizes do Mundo. Assim, a próxima Conversa com o público é dedicada ao tema Economia e felicidade. Contará com a presença do encenador Carlos Pimenta e da jornalista Helena Garrido, que tem desenvolvido o seu trabalho na área de economia e finanças. Comentaremos, por exemplo, as conclusões de Jeffrey D. Sachs, um dos mais ilustres estudiosos da economia da felicidade, uma área de estudos em expansão e que, sem menosprezar a importância do progresso económico para o bem-estar individual e colectivo, alerta para a necessidade de diversificar o conjunto de factores que promovem a felicidade no seio de uma sociedade. O PIB, sozinho, não garante, por exemplo, “imparcialidade, justiça, confiança, saúde mental e física e sustentabilidade ambiental”.

Carlos Pimenta é actor, encenador, professor na Universidade Lusófona e director da licenciatura em Artes Performativas e Tecnologias (Lisboa) e da licenciatura em Artes Dramáticas (Porto). Licenciado e mestre em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa, encontra-se actualmente a concluir um doutoramento na mesma área, na Universidade Lusófona. Foi responsável pelo Departamento de Teatro do IPAE | Ministério da Cultura (1997-2001), consultor para a Internacionalização do Instituto Camões (2002-2008) e representante de Portugal junto da Comissão Europeia para as áreas das Parcerias Criativas e Residências de Artistas. Na Companhia de Teatro de Almada dirigiu Variações à beira de um lago (2008), de David Mamet, e Dois homens (2009), de José Maria Vieira Mendes.

Helena Garrido é jornalista na área de economia e finanças desde 1986. Com formação em economia pela Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, iniciou a sua carreira no Jornal do Comércio. Passou pelo Europeu, Diário de Notícias, Expresso, Público, Diário Económico e Jornal de Negócios. Exerceu funções de subdirectora no Diário Económico, de directora adjunta no Diário de Notícias e foi directora do Jornal de Negócios. Actualmente colabora como jornalista e analista no Observador, no Eco e na RTP e RDP. É ainda professora auxiliar convidada de Jornalismo Económico e Jornalismo Digital na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Publicou em 2016 o livro A vida e a morte dos nossos bancos, como os banqueiros usaram o nosso dinheiro, edições Contraponto.

Ângela Pardelha
In CTA 17 Abr 2018

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