DON JUAN

Texto de Molière | Encenação de António Pires

TEATRO DO BAIRRO com o TMJB

Otema de Don Juan surgiu pela primeira vez por volta de 1630, com uma peça de Tirso de Molina (El Burlador de Sevilla y convidado de piedra) que apresentava o destino implacável de um homem dissoluto e imoral, incapaz do arrependimento. Foi nela que Molière se inspirou para escrever o seu Don Juan ou le Festin de Pierre, que haveria de se tornar uma das suas obras mais conhecidas. O espectáculo estreou-se no Palais Royal a 15 de janeiro de 1665. Escrita logo a seguir a Tartufo, uma peça na qual Molière fustigava a hipocrisia de alguns beatos, Don Juan parece fazer uma apologia da libertinagem. Ambicioso, mentiroso, sedutor, infiel, orgulhoso, insolente, Don Juan rejeita os valores cristãos dominantes na época e vai ainda mais longe ao recusar o arrependimento, mesmo na hora da morte. Algo incompreensível para o seu criado, Esganarelo, que recrimina o amo e chama a atenção para as consequências dos seus actos, como uma espécie de “consciência crítica” de Don Juan. No entanto, para Esganarelo, a religião assemelha-se muito a uma superstição, o que acaba por ter um efeito cómico.

António Pires trabalha em teatro desde finais dos anos 80, em encenação e representação, e está há duas décadas ligado ao Teatro do Bairro, em Lisboa, e à estrutura de produção Ar de Filmes. Entre as distinções que já recebeu, encontram-se o Corvo de Ouro da Time Out Lisboa para Melhor Peça de Teatro de 2012 por Tisanas – Um antídoto contra o cinzento dos dias, de Ana Hatherly; o Globo de Ouro para Melhor Peça de Teatro de 2013 para O público, de Federico García Lorca; e a Menção Especial da Associação de Críticos de Teatro, em 2015, para Quatro santos em três actos, a partir de
Gertrude Stein.


26 a 29 MAIO, 2022 | SALA EXPERIMENTAL

qui, sex e sáb às 21h00
dom às 16h00

Duração aprox.: 90min. | M/12

Tradução Luís Lima Barreto, Fátima Ferreira
Cenografia Alexandre Oliveira
Figurinos Luís Mesquita
Música Paulo Abelho
Desenho de luz Rui Seabra
Interpretação Carolina Campanela, Carolina Serrão, Catarina Vicente, Francisco Vistas, Hugo Mestre, Amaro, Jaime Baeta, João Barbosa, Luís Lima Barreto, Mário Sousa


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