Mensagem divulgada pelo Instituto Internacional do Teatro
Autora: Helen Mirren

 

Temos vivido tempos bastante difíceis para as artes de palco e para vários artistas, técnicos e artífices: homens e mulheres que têm combatido por uma profissão já de si marcada pela insegurança.
Talvez essa mesma insegurança, sempre iminente, os tenha capacitado para enfrentar esta pandemia com presença de espírito e coragem.
A sua imaginação já se traduziu, nestas novas circunstâncias, em formas de comunicação inventivas, divertidas e comoventes — graças, em grande medida, à internet.
Os seres humanos têm contado histórias uns aos outros desde que habitam este planeta. A magnífica cultura do teatro há-de viver, enquanto por cá andarmos.
O impulso criativo de escritores, cenógrafos, bailarinos, cantores, actores, músicos e encenadores nunca será sufocado, e há-de florescer de novo num futuro não muito distante com uma nova energia e uma nova compreensão deste Mundo que todos nós partilhamos.

Não vejo a hora.

Helen Mirren — intérprete de teatro, cinema e televisão — é uma das mais conhecidas e respeitadas actrizes inglesas. As suas interpretações têm-lhe valido prémios como o Academy Award de 2007 pelo seu trabalho em A Rainha. Mirren iniciou o seu percurso teatral no National Youth Theatre, tendo posteriormente passado pela Royal Shakespeare Company e pelo Centre de Recherche Théâtral de Peter Brook. A sua carreira passou então, entre o Reino Unido e Inglaterra, por várias produções no West End, no National Theatre e na Broadway: a sua interpretação em A dança da morte, em que contracenava com Ian Mckellan, valeu-lhe uma nomeação para os prémios Tony. Já em Londres, foi nomeada para os prémios Olivier pelo seu papel em O luto vai bem com Electra. Em 2013 participa em The Audience no papel de Rainha Isabel, arrecadando os prémios Olivier e What’s on Stage. Em Nova Iorque, dois anos depois, a sua interpretação nessa mesma peça valeu-lhe um Tony.