Danças tradicionais angolanas

animam festival de Almada, retractando alguns aspectos do dia-a-dia da vida das zonas rurais de Angola

Jornal de Angola in Jornal de Angola, 10 jul 2003

O grupo ballet angolano “Kilandukilu” foi terça-feira o verdadeiro responsável pela animação do 20º festival internacional de Almada (Sul do rio Tejo), ao oferecer a todos os presentes momentos agradáveis das contagiantes danças tradicionais de várias regiões do país.
Depois da abertura do evento, registada sexta-feira última, os presentes tiveram na noite de terça-feira genuinamente angolana, momentos de muita vibração, ao assistirem a danças originais com coreografias irreparáveis, retractando alguns aspectos do dia-a-dia da vida das zonas rurais de Angola.
O labor dos pescadores, das peixeiras, dos camponeses no rio recolhendo água em cabaças ou bacias, dentre outras actividades, sempre bem acompanhadas de uma percussão bem executada foram muito aplaudidos.
Apostado no princípio de divulgação da arte e da dança tradicional angolana, na obra dos Kilandukilu ressalta a vista uma estética e poesia de corpos que expressam em movimentos vigorosos dos bailarinos, por vezes envoltos num manto de erotismo, transmitidos na corporalidade, suscitando ovações incessantes, mesmo daqueles que pela primeira vez tinham contacto com o folclore nacional.
O grupo, criado em 1984, em Luanda, no bairro Maculusso, derivado dos Cassules do mesmo bairro, tem sido em Portugal responsável pela divulgação da dança tradicional angolana.
No âmbito deste festival, Angola tem patente ao vasto público uma exposição do escultor angolano António Magina, estando reservado para o dia 15 a exibição do grupo de teatro “Etu-Lene”, um dos mais conceituados do país, que irá apresentar a obra “Uiji-Uijia”.
Ainda no mesmo dia, os presentes poderão saborear as iguarias tradicionais do país, que vão desde os pratos mais conhecidos, as bebidas típicas e aos aperitivos.
Na noite do dia 18, estará em palco o agrupamento “Dikanza Jazz Band”, grupo musical formado na sua origem por músicos angolanos e o espectáculo da Comuna com a peça “Bão Preto”, de João Mota.

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