D. Quixote e outras farsas

Em 13 palcos, 23 companhias levam à cena 26 espectáculos. São os números do maior festival de teatro do País

Na noite do arranque da 22.ª edição do Festival de Almada sobe o actor João Grosso ao palco grande da Escola D. António da Costa (dia 4, 22h). Leva as palavras de Mário de Sá Carneiro, num recital de poesia encenado a partir do poema “Manucure”, publicado no “Orpheu 2”, em 1915. É uma das 14 produções nacionais num evento que traz a Almada e a Lisboa 12 companhias estrangeiras. De entre estas, a mais conceituada é o “Odéon – Théâtre de l’ Europe”, dirigida por Georges Lavaudant. É um dos cinco teatros nacionais de França, que se apresenta, pela primeira vez, em Portugal, com uma adaptação de “Ricardo III”, de Shakespeare (de 12 a 14, no Teatro da Trindade). Mas esta semana, o destaque incide sobre a peça “Farsa Quixotesca”, dos brasileiros Pia Fraus Teatro (dia 6, 22h, no palco grande). A história deste “louco” chamado D. Quixote é contada sob um novo ponto de vista, na versão da amada Dulcineia. No Bairro Alto, a carreira da mais recente produção da Cornucópia (“A Cadeira”, peça futurista de Edward Bond), entra na agenda do festival (de 5 a 10). E no Teatro Municipal de Almada, a companhia de Joaquim Benite repõe “Poder”, obra de Nick Dear sobre os meandros políticos da corte de Luís XIV (dia 5, 17h). O Teatro Praga apresenta “Agatha Christie” na Culturgest (de 5 a 8, 21h30), uma peça com a estrutura de um romance policial. Ao Teatro Taborda regressa a produção “As Regras da Arte de Bem Viver na Sociedade Moderna” (de 5 a 10, 22h). Será a primeira de um ciclo de três peças que o Festival de Almada dedica ao dramaturgo francês Jean-Luc Lagarce. Todas levadas à cena pelos Artistas Unidos.

22.° Festival de Almada De 4 a 18 de Julho

Alexandra Correia
in VISÃO – online, 30 jun 2005

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