COZINHEIROS

ESTE - Estação Teatral | dramaturgia e encenação de Nuno Pino CUSTÓDIO

9 e 10 OUTUBRO, 2010 | SALA EXPERIMENTAL

Oponto de partida foi um texto consagrado do início da segunda metade do século XX, como motor de um espectáculo moderno para um público moderno. O mundo como uma cozinha, onde os homens vão e vêm sem poderem ficar o tempo suficiente. O mundo onde as amizades, os amores, as desinteligências se apagam tão depressa quanto se acendem. A cozinha de um grande restaurante como um manicómio ou como a sociedade onde “ter” está na razão inversa de “ser”.
Fazendo um estudo de A Cozinha de Arnold Wesker, a ESTE experimenta de uma forma conceptual um trabalho drástico ao nível da síntese ao mesmo tempo em que explora o sentido da comunicação. Um espectáculo eminentemente físico e gestual onde a verosimilhança se suporta na capacidade de acreditar de quem faz e de quem vê.
Trabalha-se no sentido de descobrir “a peça que pediu para ser feita”.

A ESTE – Estação Teatral da Beira Interior – é uma companhia sedeada no Fundão que tem como objectivo nuclear a produção de espectáculos através de uma vocação artística e pedagógica que visa promover e fomentar a criação e formação de públicos.
Desse modo, a sua actividade está fortemente vocacionada para a centralização do trabalho do actor, numa perspectiva de Teatro em Urgência, ou seja de uma actividade pensada e preparada para acontecer em meios não-convencionais, com público nãoconvencional.
Esta vertente engloba, igualmente, uma forte natureza para a itinerância, fazendo com que o teatro vá verdadeiramente ao encontra das pessoas. Agilidade, flexibilidade, adaptação, polivalência e abrangência são, portanto, termos que caracterizam a actividade desta unidade. Do ponto de vista artístico, as suas criações estarão vocacionadas para o uso de ferramentas de trabalho que valorizem a expressão corporal, colocando o gesto e a palavra num mesmo plano. O teatro gestual, a pantomima, a Commedia dell´Arte, a Máscara, a improvisação, a criação colectiva, o teatro de sugestão são, por assim dizer, campos privilegiados de actuação, sem menosprezar o objecto texto ou a verbalidade, antes, na perspectiva da sua valorização. Num país e numa região com poucos hábitos culturais e artísticos, a ESTE trabalhará no sentido de tornar o teatro mais acessível, para que este se possa tornar também uma realidade nos hábitos e no quotidiano das pessoas Em nenhuma altura estas intenções deverão ser confundidas com facilitismo, ligeireza ou populismo. A forma desta companhia chegar às pessoas prende-se com a natureza dos seus projectos, direccionados para situações que não requeiram meios demasiado complexos, apostando-se em seguida numa prática dramatúrgica e de encenação fortíssima, apoiada por um não menos valioso trabalho de actor. Actor esse que, com todo o seu corpo, com todo o seu potencial artístico, técnico e cultural, se encarregará de fazer do teatro uma realidade viva e gratificante no proporcionar de encontros com uma comunidade. Também no encalço destes objectivos, que se prendem com a natureza itinerante desta unidade, há a referir a criação de uma estrutura que possa albergar aquilo que verdadeiramente se considera uma “estação de trabalho”, ou seja, um núcleo que permita desenvolver actividade nas vertentes artísticas e técnicas, bem como na produção, formação e investigação teatral.

Ficha técnica
dramaturgia e encenação Nuno Pino CUSTÓDIO
Intérpretes Alexandre BARATA, Carlos PEREIRA, Pedro DIOGO, Ricardo BRITO
Cenografia e Figurinos Marta CARREIRAS
Desenho de Luz e Operação Técnica Pedro FINO
Sonoplastia Albrecht LOOPS
Fotografia António SUPICO
Produção: ESTE – Estação Teatral

9 e 10 OUTUBRO, 2010 | SALA EXPERIMENTAL | M/12

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