BANDA DA ARMADA

Concerto celebrativo do Centenário da República | maestro Carlos da Silva RIBEIRO

23 OUTUBRO, 2010 | SALA PRINCIPAL

Segundo fontes históricas, já na primeira metade do século XVIII existia na Armada uma “música marcial” intitulada “charamela”. Em 1807 acompanhou a família real na sua viagem para o Brasil. Deslocando-se a vários países, designadamente Inglaterra, Bélgica e França, acompanhou o Rei D. Fernando II a bordo da corveta “Mindelo”, efectuando uma série de « concertos em Bordéus.
Em 1903 a “Banda dos Marinheiros” realizou aquelas que são as primeiras gravações efectuadas em Portugal, num total de 26 temas (e outros tantos discos) dos quais existe um exemplar no nosso país e os restantes 25 nos arquivos da EMI em Inglaterra. Das suas deslocações ao estrangeiro e ilhas destacam-se:
– Em 1922, embarcada no navio presidencial “Porto”, acompanhou o Presidente da República Dr. António José de Almeida na viagem oficial para participar nas comemorações do 1º Centenário da Independência do Brasil, realizando vários concertos no Rio de Janeiro;
– Em 1982, deslocou-se à ilha da Madeira integrada nas cerimónias do Dia da Marinha na cidade do Funchal, e a França, onde participou com mais onze bandas de várias nacionalidades no Festival Internacional de Bandas Militares de Paris;
– Em 1983, deslocou-se aos Açores integrada nas cerimónias do Dia da Marinha na cidade de Ponta Delgada, tendo realizado concertos nas nove ilhas;
– Em 1988, deslocou-se novamente à Ilha da Madeira, onde participou no XI Festival de Bandas Militares de Portugal;
– Em 1992, deslocou-se duas vezes aos Açores, e a França, à cidade de Chateaudun, onde participou no 5º Festival Internacional de Música Militar;
– Em 1994, deslocou-se aos EUA/Norfolk, onde participou no XII Festival Internacional das Azáleas, em representação nacional, no qual participaram mais 20 Bandas. Em 1999 foi-lhe concedida a Medalha de Ouro de Serviços Distintos por S.ª EX.ª o Almirante CEMA.
– Em 2007 embarcou nos N.R.P.s. “Sagres” e “João Roby” para participar nas Comemorações do Dia da Marinha, no Arquipélago dos Açores, onde realizou vários concertos e todo o cerimonial militar nas Ilhas do Faial, Terceira e S. Miguel.
– Em 2008 deslocou-se a Bremen – Alemanha onde participou no 44º Musikschau der Nationen e durante uma semana realizou dois espectáculos diários, com mais nove Banda Militares de todos os continentes, para um total de cerca de 25.000 espectadores.
– Ainda nesse ano, deslocou-se às Ilhas da Madeira e do Porto Santo, para participar nas comemorações do Dia da Marinha, onde realizou vários concertos e todo o cerimonial militar. Ao longo dos tempos a Banda da Armada tem desenvolvido um trabalho de grande interesse público, tanto ao nível do cerimonial militar e do protocolo de Estado, como no âmbito cultural, onde tem realizado concertos por todo o território português e no estrangeiro. Tem se pautado por uma constante evolução e inovação, como é exemplo a permuta de conhecimentos, ao incluir elementos exteriores ao seu quadro orgânico, nas suas apresentações públicas. Estão neste caso actuações conjuntas com a Orquestra Metropolitana de Lisboa e vários grupos corais, assim como vozes e instrumentos solistas. Fazem parte dos seus quadros alguns dos melhores instrumentistas da actualidade portuguesa e ao longo da sua história têm pertencido, e continuam a despontar nas suas fileiras, vários compositores de reconhecido mérito.
A Banda da Armada foi chefiada pelos seguintes maestros: Caetano Tozzi (italiano), Pascoal Corvalini (italiano), Mark Holzel (alemão), Artur Reinhardt (belga) e os portugueses: António Maria Chéu, José de Oliveira Brito, Arthur Fernandes Fão, Marcos Romão dos Reis, Manuel Maria Baltazar, José Joaquim de Araújo Pereira e desde 2005 pelo Capitão-de-fragata MUS Carlos da Silva Ribeiro.

Maestro Carlos da Silva RIBEIRO Capitão de Fragata
O Maestro Capitão de Fragata Carlos da Silva Ribeiro nasceu em Santa Maria de Bouro, Amares, tendo vivido a sua infância em Vidago onde iniciou os seus estudos musicais, sob a orientação do seu pai que dirigia a Banda Filarmónica local.
Em 1971 ingressou na Banda da Armada, após concurso nacional, onde desenvolveu a sua carreira como executante solista em Saxofone Alto, tendo-se apresentado várias vezes como concertista, até ascender a Maestro Oficial Músico da Armada.
Paralelamente prosseguiu e concluiu a sua formação Militar/Académica/Artística, fazendo os cursos do Conservatório Nacional: Complementar de Saxofone, Acústica, História da Música e Superior de Composição, assim como os Estágios Técnico-Navais inerentes ao desenvolvimento da carreira na Armada.
Em 1983 frequentou o 1º Curso de Direcção de Orquestra promovido pela Associação Portuguesa de Educação Musical e patrocinado pelo Conselho da Música da Alemanha Federa no qual foi leccionado pelo Maestro Hans Herbert Joris.
Integrou como executante as várias orquestras sinfónicas de Lisboa (Gulbenkian, Emissora Nacional (Sinfónica Ligeira) e S. Carlos), alguns grupos de Música de Câmara no âmbito do Conservatório Nacional e ainda outros grupos de Música Ligeira, destacando-se neste âmbito a digressão que em 1974 realizou ao Canadá e aos Estados Unidos da América, onde a par de espectáculos realizados em várias cidades participou em programas de televisão em Toronto e Nova Iorque.
Tem dividido a sua actividade no meio civil pela Direcção de Bandas, Coros e pelo ensino da Música.
É autor de algumas composições ligeiras inéditas com edição discográfica e arranjos para Banda e pequenos agrupamentos.
É membro da Internacional Military Music Society.
Actualmente com o posto de Capitão de Fragata o Maestro Carlos da Silva Ribeiro exerce as funções de Chefe da Banda da Armada.

Manuela MONIZ
Terminou o Curso Geral de Canto no Conservatório Nacional de Lisboa e licenciou-se em Canto na Escola Superior de Música de Lisboa.
Entre 1992 e 1998 foi membro do Coro Gulbenkian, realizando com o Coro Sinfónico e Coro de Câmara concertos na Europa, América Latina e Japão. Em diversas destas ocasiões interpretou solos, a destacar em 1997, em digressão pela Europa, o soprano solo de Midsummer Night’s Dream de Mendelssohn com a Orquestra do Século XVIII dirigida por Franz Brügen (obra gravada para a GLOSSA).
De 1998 a 2000 foi bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, realizando uma pós-graduação em Canto Clássico no Conservatório Sweelink (Amsterdão), onde frequentou a Classe de Canto de Margreet Honig. Nesse âmbito participou na Holanda em recitais em que interpretou, entre outros, Brahms, Strauss, Duparc e Chausson.
Foi solista, entre outras, nas obras Stabat Mater de Pergolesi, Cantata BWV 147 de Bach, Missa da Coroação e Laudate de Mozart, Magnificat de Vivaldi, Missa nº 5 de Schubert, Requiem de Fauré.
Desempenhou o papel de Princesa Tafú na estreia (1998) do Teatro musical “O gato das notas” de Paulo Maria Rodrigues, gravado posteriormente em video. Esta ópera realizou-se em várias ocasiões em Portugal e Espanha.
Na temporada 2000-2001 do Teatro de S. Carlos desempenhou o papel do Primeiro Escudeiro do Parsifal.
Interpretou e gravou diversas obras de Jorge Salgueiro, algumas em estreia: as óperas O Achamento do Brasil e Pino do Verão, a Cantata O Conquistador; a Sinfonia nº 2 Mare Nostrum e o ciclo Diário de Paixões para canto e piano.
Acompanhou como solista em várias ocasiões a Banda da Armada.
Formou duo com vários pianistas em recitais de música de câmara, apresentando-se entre outros, no Teatro S. Luís de Lisboa, no Auditório II da Fundação Gulbenkian, no CCB em Lisboa, no TAGV de Coimbra. Participou em vários Festivais de música (Sintra, Évora, Almada) e em vários Festivais Ibéricos de Música em Espanha (em 2004, canções de Messiaen, Ravel, Schubert e Strauss; em 2005, canções espanholas contemporâneas e, em 2008, canções portuguesas).
Foi soprano no filme – performance “Registo de Viver”, com poema de Alberto Pimenta (edição de Perve galeria, Lisboa).
É Mestre em Artes Musicais pela Universidade Nova de Lisboa.

23 OUTUBRO, 2010 | SALA PRINCIPAL |  M/6

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