As duas faces de Besson

O SUÍÇO Benno Besson foi o assistente preferido de Bertold Brecht.

T.S. in Diário Económico, 11 jul 2003

O único que o mestre deixava assinar encenações sozinho. Só que Besson soube traçar um caminho próprio, quer como encenador residente do Berliner Ensemble, que abandonou em 1958, dois anos depois da morte de Brecht, quer como director da Comédia de Genebra. A verdade é que o encenador, considerado um rebelde permanente, converteu-se num dos grandes nomes do teatro actual. Por isso, não é de estranhar que seja uma das figuras de destaque do Festival de Teatro de Almada, que decorre até dia 18 de julho.

Como cartão de visita, duas peças, que sobem ao palco do CCB, em Lisboa. A primeira é «O amor das três laranjas», uma adaptação da peça de Carlo Gozzi, que mostra a destreza cómica de Besson. A história gira em torno do hipocondríaco Tartaglia, filho do rei, que para se curar deve explodir de riso. O espectáculo estreou na Bienal de Veneza de 2001.

A segunda produção é um clássico de Besson: «O círculo de giz caucasiano», de Bertold Brecht. O reencontro do aprendiz com o mestre, a partir de uma lenda chinesa de 1200, que Brecht reescreveu de forma livre. Em comum, um actor. Ambos os espectáculos contam com a interpretação do actor italiano
Lello Arena

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