ÁFRICA FANTASMA
a partir de Frantz Fanon, Aimé Césaire, Julião Quintinha, Louis-Ferdinand Céline e Langston Hughes | encenação de João Samões
18 ABRIL, 2015 | SALA EXPERIMENTAL
No início do século XX, Pablo Picasso viu máscaras africanas numa exposição etnográfica no Museu do Trocadéro, em Paris. A impressão que lhe causaram foi tão intensa que, entre 1907 e 1909, procurou trabalhar novas possibilidades de representação do corpo na arte ocidental – o Período Africano. África tornava-se “um lugar de representações imaginárias, um imenso território onde se projectam todas as fantasias e fantasmas”, refere João Samões. Para o encenador, África fantasma é uma “peça-exorcismo dos traumas e fantasmas do colonialismo, onde se coloca em cena a denúncia do racismo e da violência do nosso (incompleto) humanismo ocidental”.
João Samões (n. 1970) é encenador, dramaturgo, performer e pintor. Estudou Antropologia, Pintura e Artes Performativas. Trabalhou em projectos nacionais e internacionais de teatro, performance, improvisação e dança contemporânea. Criou a peças: 18 Minutos, Zonas de ruidosa influência, O labirinto a morte e o público, Blackout e O papagaio de Céline.
João Samões | Almada
Sáb às 21h30
SALA EXPERIMENTAL | M/12 | 0H45
Intérprete Cláudio da Silva
Dramaturgia e espaço cénico João Samões
Música Sonata piano nº14 de Ludwig Van Beethoven
Produção executiva Mónia Mota
Fotografia e Vídeo João Dias
Apoios DuplaCena, Instituto Franco-Português, Teatro Municipal São Luiz