A VIDA NO CAMPO

Texto de Joel Neto e Catarina Ferreira de Almeida | Encenação de Luisa Pinto

NARRATIVENSAIO–AC

Proposta de teatro documental – género presentemente em expansão entre os encenadores portugueses –, a partir de uma adaptação livre do diário homónimo de Joel Neto, leva para o palco o campo, a cidade e as ilhas para mostrar o que já sabemos mas em que nem sempre pensamos: o modo como todos parecem convergir para a cidade, entregando o campo e as ilhas – e as suas culturas e sociedades próprias – ao abandono e à voragem da economia.

Um casal vindo da cidade. Uma velha casa de família. Um recomeço – no campo. E, no entanto, não é apenas de idílio que fala a vida rural de hoje. Há uma história que se muda com aqueles que se mudam. E há sonhos por concretizar, frustrações acumuladas, mágoas escondidas com que um dia será preciso travar o combate que se adiou.

Joel Neto (n. 1974) é um escritor e cronista açoriano, autor, entre outros, de Arquipélago (romance, 2015), A Vida no Campo (diário, 2016) e Meridiano 28 (romance, 2018). Catarina Ferreira de Almeida (n. 1977) é tradutora e especialista em literatura fantástica. Traduziu J.R.R. Tolkien, Georges Simenon ou Mohammed Dib. Luisa Pinto (n. 1965), encenadora, figurinista, professora de teatro e investigadora, é directora artística da Narrativensaio–AC. Encenou mais de trinta peças, designadamente de textos originais em estreia absoluta. Entre 2007 e 2015 dirigiu artisticamente o Teatro Municipal Constantino Nery, de Matosinhos.


E eu pergunto-me: o que vêem os animais quando nos vêem passar? O que vê um bicho quando olha um homem? O que vêem estas bezerras destinadas ao matadouro quando passamos os dois, eu e a Catarina, com roupas desportivas e um cão preso a uma trela?
2.º acto


26 e 27 ABRIL, 2019 | SALA EXPERIMENTAL

sex e sáb às 21h30

Duração aprox.: 1h20 | M/12

Intérpretes António Durães, Filipa Guedes e Fernando Alves
Co-produção Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão



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