A pós-modernidade é uma falácia

No próximo sábado, dia 11, fechamos mais um ciclo de Conversas com o Público. Os últimos convidados desta série são a escritora, poeta e editora, Maria do Rosário Pedreira, e o poeta, dramaturgo, e artista plástico André Tecedeiro, que vão debater com o publico Como escrever sobre o amor, hoje. José Mário Silva moderará a conversa.

No sábado passado debateu-se os “Legados do Siglo de Oro” com o tradutor, poeta e crítico literário Miguel Serras Pereira, e com o professor universitário Pedro Santa Maria de Abreu.

O Século de Ouro espanhol corresponde mais ou menos ao período entre 1550 e 1650, como explicou José Mário Silva.

Miguel Serras Pereira na sua intervenção considerou o “D. Quixote, de Cervantes, como o primeiro romance na acepção moderna”, porque inaugura um novo género. “O Quixote é de interpretação ambígua, é uma espécie de elogio da loucura”.

Pedro Santa Maria de Abreu disse que “a pós-modernidade é uma falácia. Nietzsche é um dos primeiros pós-modernos”. Continuou: “Há cantigas de amigo, de amor, tão modernas como Fernando Pessoa. O moderno e o antigo não são uma questão cronológica”.

Falou-se de muitos autores da época nesta conversa, não só espanhóis como também portugueses, e que as tragicomédias permitiram ver as personagens de um modo mais nivelado, atenuando o ridículo e o solene.

Na última Conversa desta série referente ao espectáculo Reinar depois de morrer, de Luis Vèlez de Guevara, vamos debater Como escrever sobre o amor, hoje, com Maria do Rosário Pedreira, escritora, poeta e editora, e com André Tecedeiro, poeta, dramaturgo e artista plástico.

Consulte aqui o programa completo das Conversas com o Público a propósito do espectáculo Reinar depois de morrer, em cena no TMJB até dia 12 de Fevereiro, de quinta a sábado, às 21h, e quartas e domingos, às 16h.

Maria do Rosário Pedreira (n. 1959) é escritora, poeta e letrista, além de editora de literatura portuguesa no Grupo LeYa, onde foi responsável pelo lançamento de alguns dos mais destacados autores das novas gerações. Escreve também crónicas na imprensa e um blogue sobre livros e edição (“Horas Extraordinárias”). Os seus últimos livros são O Meu Corpo Humano (Poesia) e Esse Fado Vaidoso (antologia de poemas para fado de vários autores, compilada a meias com Aldina Duarte), ambos editados pela Quetzal.

André Tecedeiro (1979) É um poeta e dramaturgo português com background em artes visuais e psicologia. Publicou sete livros de poesia, entre os quais A Axila de Egon Schiele (Porto Editora, 2020), recomendado pelo Plano Nacional de Leitura. Está representado em mais de vinte revistas literárias e antologias e traduzido para inglês, espanhol, catalão, grego e esloveno. Para teatro, escreveu Joyeux Anniversaire (Teatro Meia Volta, 2021); Desfazer (Ao Cabo Teatro – Projeto PLA-TÔ, 2021) e O Ensaio (Projeto PANOS -TNDMII, 2023)

in CTA 05 Fev 2023

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