“A Laura Alves era o banco da empresa”

No sábado, dia 13, Filipe La Féria e Paula Magalhães, fecham mais um ciclo das Conversas com o Publico: vão debater Music-Hall, Revista, Espectáculo. A Conversa será moderada por Nuno Costa Moura.

Na Conversa com o Público de sábado, dia 6 de Maio, discutiu-se como era No tempo dos empresários com o jornalista José Alves Mendes e o investigador Gonçalo Antunes de Oliveira. A Conversa foi moderada pela antiga crítica, professora jubilada e investigadora teatral Eugénia Vasques.

Eugénia Vasques começou por apresentar os convidados, onde ficámos a saber que o jornalista José Alves Mendes é filho do actor Victor Mendes e irmão do actor Fernando Mendes, e que, portanto, passou a sua infância nos teatros, começando por assistir às primeiras peças através da caixa do ponto.

José Alves Mendes falou-nos da sua origem, do seu pai e do seu irmão. Falou-nos também dos empresários Eugénio Salvador e do empresário José Miguel, e das dificuldades financeiras para produzir espectáculos: “Se tinhas um espectáculo de sucesso agarravas-te a ele até acabar”. “As Revistas só saíam do Parque Mayer quando os espectáculos eram simplificados, os cenários eram projectados com diapositivos, a orquestra era substituída por cassetes, e só ia meio corpo de baile.”

O investigador Gonçalo Antunes de Oliveira, falou-nos do empresário António de Macedo: “O Vasco Morgado seguiu as pisadas do António de Macedo”. Ficámos também a saber que o Vasco Morgado nasceu na Charneca da Caparica, e que “o Vasco Morgado assumiu que se tornou empresário por ser incapaz de representar”. O Vasco Morgado foi o empresário de referência português e tinha diversos esquemas, alguns bem modernos, para encher as salas.

No sábado, dia 13, fechamos o ciclo de Conversas com o Público intitulado Music-Hall à portuguesa. A última conversa tem o mote Music-Hall, Revista, espectáculo, e conta com os convidados Filipe La Féria, encenador, e com a investigadora Paula Magalhães, moderados por Nuno Costa Moura.

Nuno Costa Moura é Director do Museu Nacional do Teatro e da Dança, em Lisboa, desde 2021, é licenciado em Gestão pelo Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa, e mestre em Estudos de Teatro, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Foi técnico superior da Direcção-Geral das Artes a partir de 2001, exercendo o cargo de director da Direcção de Serviços de Apoio às Artes entre 2015 e 2020.

Consulte aqui o programa completo das Conversas com o Público intituladas Music-Hall à Portuguesa.

Filipe La Féria
É um aclamado encenador, produtor e dramaturgo português que se estreou no Teatro Nacional com Amélia Rey Colaço e integrou as companhias do Teatro Estúdio de Lisboa, Teatro Experimental de Cascais e Teatro da Cornucópia. Foi diretor do Teatro Casa da Comédia, durante 16 anos, onde encenou, entre outros, Faz Tudo, faz tudo, faz tudo!, A Paixão Segundo Pier Paolo Pasolini, A Marquesa de Sade, Eva Péron, Savanah Bay, A Bela Portuguesa entre outros. Conhecido pelos seus espetáculos de Teatro e Musicais de sucesso. Recebeu diversos prémios ao longo da sua carreira, incluindo a Ordem do Infante D. Henrique, o grau de Grande-Oficial da Ordem de Mérito e o prémio de Personalidade do Ano em Teatro nos Globos de Ouro. Teve grandes sucessos como, Amália, My Fair Lady, Música no Coração, Jesus Cristo Superstar, A Gaiola das Loucas, Violino no Telhado e Severa – O Musical. Produziu e encenou grandes sucessos de Teatro de Revista, incluindo, Passa por mim no Rossio, Grande Revista à Portuguesa, Espero por Ti no Politeama e Revista é Sempre Revista.

Paula Gomes Magalhães
É investigadora do Centro de Estudos de Teatro da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. É doutorada e mestre em Estudos de Teatro pela mesma universidade. Deu aulas na Escola Superior de Tecnologia e Artes de Lisboa, Escola Superior de Educação de Lisboa e Escola Profissional de Setúbal. Jornalista de formação, trabalhou durante mais de 20 anos em rádio (Radar, Voz de Almada e Sul e Sueste). Publicou 30 Anos de ArteViva – Memórias… e outras estórias da Companhia de Teatro do Barreiro (ArteViva, 2010); Belle Époque – A Lisboa de Finais do Século XIX e Início do Século XX (Esfera dos Livros, 2014); Teatro da Trindade 150 Anos – O Palco da Diversidade (Guerra e Paz, 2017); e Sousa Bastos (INCM, 2018) e Os Loucos Anos 20: Diário da Lisboa Boémia (Planeta, 2021).

in CTA 07 Mai 2023

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