A FÁBRICA DE NADA

de Judith Herzberg | encenação de Jorge Silva Melo

16 a 20 JANEIRO, 2008 | SALA PRINCIPAL

Uma fábrica de cinzeiros fecha, e os trabalhadores, não querendo ficar desempregados, resolvem continuar a trabalhar numa nova produção: nada. À volta de nada organiza-se tudo, desde as escolhas do gerente da fábrica, aos furtos dos produtos e aos tribunais, com muita música cantada e tocada a mostrar por que caminhos segue esta história. Em lugar da angústia do desaparecimento das coisas e dos seres que a palavra vazio sugere, o vazio que o patrão deixa ao fechar a fábrica permite o vazio do espaço côncavo em que tudo pode acontecer precisamente porque está vazio. Permite a boa projecção do som. E os músicos, atrás dos actores, seguem atentamente o que se vai passando com as vozes.

Judith Herzberg nasceu em Amsterdão em 1934. Começou a publicar (poesia) no início dos anos 60. Nos anos 70 começou a escrever para teatro. É também autora de ensaios, argumentos cinematográficos, peças para televisão e várias traduções. Recebeu já vários prémios e tem peças traduzidas em alemão, inglês, francês e italiano. Disse uma vez: ‘Evito afirmações moralistas nas minhas peças. Tento que o público possa experimentar a mesma confusão que eu, quando observo a realidade.’

Intérpretes Américo Silva, António Filipe, António Simão, Carla Galvão, Hugo Samora, João Meireles, João Miguel Rodrigues, Miguel Telmo, Mílton Lopes, Paulo Pinto, Pedro Carraca, Pedro Gil, Sérgio Grilo, Vítor Correia
Músicos Gonçalo Lopes, João Madeira, Miguel Fevereiro, Paulo Curado, Rini Luyks, Rui Faustino
Tradução David Bracke, Miguel Castro Caldas
Cenografia José Manuel Reis
Figurinos Rita Lopes Alves
Luz Pedro Domingos
Som André Pires
Direcção musical Rui Rebelo
Ass. de encenação Joana Bárcia, João Meireles

SALA PRINCIPAL
16 a 20 JANEIRO
Duração 1h20

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