A DANÇA DA MORTE

de August Strindberg encenação de Fernando Mora Ramos

18 a 22 MAIO, 2005 | SALA PRINCIPAL

A Dança da Morte é um texto sobre a prisão conjugal, sobre a falta de perspectivas que o casamento gera como contraponto à liberdade individual, uma peça sobre o medo da fera que existe em cada um, sobre a infelicidade. Nele são analiticamente explorados, no sentido psíquico, os meandros das relações de poder homem/mulher. Uma verdadeira guerra civil.

Strindberg é seguramente o mais destacado autor dramático sueco. Para além dos muitos textos que escreveu para teatro – a parte mais significativa da sua obra – foi também romancista, poeta lírico, ensaísta e pintor. Foi ainda um dos pilares da grande transformação que se opera no teatro na passagem do século XIX para o século XX. Fez um percurso que o levou do teatro histórico ao teatro naturalista, numa perspectiva muito particular, com o seu próprio manifesto, que o afastou do naturalismo francês. Progressivamente progrediu para uma escrita que a crítica chamou ‘teatro místico’ e que abriu caminhos para diversas experiências teatrais do século XX. Nos seus últimos anos de vida conseguiu realizar um sonho de sempre – um teatro para as suas criações, para um sector privilegiado do público e onde antecipou o surrealismo. Chamava-se Teatro Íntimo.

A Dança da Morte, como todo o seu teatro, reflecte a necessidade de equacionar o significado da existência, mas também as suas crises íntimas, sociais e místicas. Nesta peça estão também concentradas as diversas fases da evolução de Strindberg como escritor, aliando o realismo e o fantástico, o naturalismo e o expressionismo. As personagens ora ganham a dimensão das figuras trágicas como se apresentam ora se manifestam no mais banal dos quotidianos. Trata-se de um texto perturbador com uma feroz actualidade.

encenação de Fernando Mora Ramos
cenografia e figurinos de José Carlos Faria
sonoplastia de Francisco Leal

Intérpretes
Isabel Lopes e Victor Santos, do Teatro da Rainha
Elsa Valentim e José Peixoto, do Teatro dos Aloés

SALA PRINCIPAL
18 a 22 MAIO
quarta a sábado às 21.30h
domingo às 16.00h

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