ORQUESTRA GULBENKIAN

O também compositor Giovanni Bottesini (1821-1889) ficou essencialmente conhecido como instrumentista, eternizando-se na posteridade como o Paganini do contrabaixo – um instrumento que lhe ficou a dever várias inovações técnicas e um repertório especialmente dedicado, que conferiu ao contrabaixo um novo lugar na música orquestral. Editado em 1880, o Grande Duo Concertante foi originalmente composto para ser interpretado por dois contrabaixos e orquestra.

Publicado em 1906, o Concerto para Flauta e Orquestra de Jules Mouquet (1867-1946), Flûte de Pan, é a obra mais célebre deste compositor francês.

Gioacchino Rossini (1792-1868), o mestre-absoluto do bel-canto italiano, deixou esparsa criação puramente instrumental, como é o caso do conjunto de seis sonatas que compôs ainda durante a juventude.

A obra de Astor Piazzolla (1921-1992) Las Cuatro Estaciones Porteñas – o conhecido conjunto de tangos, na sua versão rearranjada pelo compositor russo Leonid Desyatnikov, por vezes chamada As oito estações – evoca os famosos concertos barrocos de Vivaldi dedicados às quatro estações do ano.

Pedro Neves (n.1975) estudou violoncelo, e, paralelamente, direcção de orquestra – vindo a aperfeiçoar-se em Milão e mais tarde a tornar-se assistente de Michael Zilm. Dirigiu já todas as grandes orquestras portuguesas e também alguns músicos solistas de renome, caso de Pedro Burmester ou de António Rosado. Professor na Academia Nacional Superior de Orquestra é maestro titular da Orquestra Clássica de Espinho e da Orquestra do Algarve. Foi já distinguido com o Prémio da Juventude Musical Portuguesa e com o Prémio Jovens Músicos. Actualmente, realiza na Universidade de Évora um doutoramento sobre as sinfonias de Joly Braga Santos.